Deus nos salve
Ainda não consegui perceber se José Sócrates é um hipócrita, um ingénuo ou um ignorante quando se dispõe a proferir certo tipo de afirmações com o ar mais sério e convicto do mundo. A plasticidade do seu discurso não dissipa as dúvidas. A forma como insulta a inteligência alheia amplifica-as. Repare-se na forma como Sócrates continua a observar, à distância, o consulado guterrista, ao ponto de estupidamente glorificar, sonegando a verdade, o exercício de governação de um executivo que conseguiu a inédita façanha de conciliar uma nefasta mistura de irresponsável utilitarismo Benthamiano, com o facilitismo de um neo-socialismo de terceira via requentado, que mais não fez do que conduzir o país ao consumo desenfreado sob a ilusão de que tudo eram rosas e de que o Estado, essa entidade maravilhosa, estaria sempre disponível para aparar os espinhos.
Eu não queria voltar a ver Santana Lopes em São Bento, mas tremo de pensar que a cadeira de primeiro-ministro está prestes a ser ocupada por um homem que diz, repito, com o ar mais sério e definitivo do mundo, que “[n]o Governo de António Guterres nós sempre tivemos um desempenho melhor que os outros”(sic) e que na era guterrista “[nos] aproximámos; agora regredimos relativamente à Europa”(sic). Não sem antes, repare-se, mandar às malvas essa coisa chata dos “ciclos económicos”.
Deus nos salve.
Eu não queria voltar a ver Santana Lopes em São Bento, mas tremo de pensar que a cadeira de primeiro-ministro está prestes a ser ocupada por um homem que diz, repito, com o ar mais sério e definitivo do mundo, que “[n]o Governo de António Guterres nós sempre tivemos um desempenho melhor que os outros”(sic) e que na era guterrista “[nos] aproximámos; agora regredimos relativamente à Europa”(sic). Não sem antes, repare-se, mandar às malvas essa coisa chata dos “ciclos económicos”.
Deus nos salve.
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