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Não quero, de modo nenhum, estragar a festa aos socialistas e ao país, em geral, agora que se prepara a recepção do novo salvador da pátria, Sócrates de seu nome. Mas não posso deixar de mencionar dois factos que, não tendo a mínima importância, teimam em pairar estupidamente sobre as minhas saturadas meninges.
O primeiro tem por nome Freeport. A notícia hoje veiculada pelo Independente é, no mínimo, interessante. Ao que tudo parece indicar, José Sócrates levou a Conselho de Ministros a decisão de alterar a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo. Uma decisão polémica, que surgiu talhada à medida de «certos e determinados» interesses económicos. Fê-lo três dias antes das eleições legislativas, já o governo de Guterres estava em gestão. Et pour cause? As decisões referentes ao Freeport (Alcochete) foram todas, repito todas, do mesmo dia: 14 de Março de 2002. Sócrates pode ser bom rapaz e um pouco tímido até (como nos ensina a canção). De acordo. No fundo, somos todos bons rapazes. E, claro, existe sempre aquela coisa da «presunção da inocência». O problema é que este caso lança sérias dúvidas sobre a «verticalidade» e santidade do próximo timoneiro de S. Bento.
O segundo facto, bem mais difuso e subjectivo, tem por base as declarações de Sócrates sobre o facto de Paulo Portas ter dado a conhecer as caras de um eventual futuro executivo. Recorrendo à já notória soberba e arrogância que o tem vindo a caracterizar, Sócrates desdenhou do episódio afirmando tratar-se de pequenas diatribes próprias de «pequenos partidos«(sic). Meras «brincadeiras»(sic) do Dr. Portas. «Eles sabem que nunca serão governo»(sic), rematou o engenheiro. Longe de mim sair em defesa de Paulo Portas, mas aquilo que o PP fez deveria ser consagrado como regra a cumprir escrupulosamente por todos os partidos. O que será mais grave, ou criticável: um «pequeno partido» mostrar as «caras» responsáveis pelas diversas áreas de governação (mesmo sem perspectiva alguma de contituir governo), ou um «grande partido» que nem sequer se digna a informar antecipadamente os eleitores de qual vai ser o possível elenco de um futuro governo de Portugal, como se quisesse esconder eventuais regressos de gente de má memória?
Perfilhar-se-á, no horizonte, um pequeno ditador adepto acidental, ou inocente, do compadrio e permeável aos «interesses»? A ver vamos, como dizia o cego.
O primeiro tem por nome Freeport. A notícia hoje veiculada pelo Independente é, no mínimo, interessante. Ao que tudo parece indicar, José Sócrates levou a Conselho de Ministros a decisão de alterar a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo. Uma decisão polémica, que surgiu talhada à medida de «certos e determinados» interesses económicos. Fê-lo três dias antes das eleições legislativas, já o governo de Guterres estava em gestão. Et pour cause? As decisões referentes ao Freeport (Alcochete) foram todas, repito todas, do mesmo dia: 14 de Março de 2002. Sócrates pode ser bom rapaz e um pouco tímido até (como nos ensina a canção). De acordo. No fundo, somos todos bons rapazes. E, claro, existe sempre aquela coisa da «presunção da inocência». O problema é que este caso lança sérias dúvidas sobre a «verticalidade» e santidade do próximo timoneiro de S. Bento.
O segundo facto, bem mais difuso e subjectivo, tem por base as declarações de Sócrates sobre o facto de Paulo Portas ter dado a conhecer as caras de um eventual futuro executivo. Recorrendo à já notória soberba e arrogância que o tem vindo a caracterizar, Sócrates desdenhou do episódio afirmando tratar-se de pequenas diatribes próprias de «pequenos partidos«(sic). Meras «brincadeiras»(sic) do Dr. Portas. «Eles sabem que nunca serão governo»(sic), rematou o engenheiro. Longe de mim sair em defesa de Paulo Portas, mas aquilo que o PP fez deveria ser consagrado como regra a cumprir escrupulosamente por todos os partidos. O que será mais grave, ou criticável: um «pequeno partido» mostrar as «caras» responsáveis pelas diversas áreas de governação (mesmo sem perspectiva alguma de contituir governo), ou um «grande partido» que nem sequer se digna a informar antecipadamente os eleitores de qual vai ser o possível elenco de um futuro governo de Portugal, como se quisesse esconder eventuais regressos de gente de má memória?
Perfilhar-se-á, no horizonte, um pequeno ditador adepto acidental, ou inocente, do compadrio e permeável aos «interesses»? A ver vamos, como dizia o cego.
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