A INSUSTENTÁVEL INCAPACIDADE DE PENSAR LIVREMENTE
Daniel Oliveira escreveu um pequeno e esclarecedor texto sobre Zita Seabra, que se pode resumir, mais ou menos, nisto: quem é contra a vinda do BdA é contra : 1) a Esquerda; 2) a despenalização do aborto; 3) a interrupção voluntária da gravidez; e, last but not least, presta-se a "servir a Direita”.
Lembrei-me do Nelson Rodrigues: ”Há sujeitos que nascem, envelhecem e morrem sem ter jamais ousado um raciocínio próprio. Há toda uma massa de frases feitas, de sentimentos feitos, de ódios feitos”. Não, esqueçam o Nelson. O problema é diverso. Daniel Oliveira é uma pessoa inteligente que decidiu não entender o artigo de Zita Seabra. Daí que tenha pegado no artigo pelo lado mais mesquinho. Compreende-se. Alcançar os argumentos de Zita Seabra pressupõe um desvio, ainda que milimétrico, do tipo de formatação e engajamento político-ideológico a que a mente do Daniel está habituada. Sejamos sinceros: Daniel Oliveira jamais se sujeitaria a isso. Seria atraiçoar um «ideário» e um «passado», renegar a uma «postura», prostrar-se perante o «adversário». Reconheça-se-lhe, ao menos, a coerência.
Daniel Oliveira escreveu um pequeno e esclarecedor texto sobre Zita Seabra, que se pode resumir, mais ou menos, nisto: quem é contra a vinda do BdA é contra : 1) a Esquerda; 2) a despenalização do aborto; 3) a interrupção voluntária da gravidez; e, last but not least, presta-se a "servir a Direita”.
Lembrei-me do Nelson Rodrigues: ”Há sujeitos que nascem, envelhecem e morrem sem ter jamais ousado um raciocínio próprio. Há toda uma massa de frases feitas, de sentimentos feitos, de ódios feitos”. Não, esqueçam o Nelson. O problema é diverso. Daniel Oliveira é uma pessoa inteligente que decidiu não entender o artigo de Zita Seabra. Daí que tenha pegado no artigo pelo lado mais mesquinho. Compreende-se. Alcançar os argumentos de Zita Seabra pressupõe um desvio, ainda que milimétrico, do tipo de formatação e engajamento político-ideológico a que a mente do Daniel está habituada. Sejamos sinceros: Daniel Oliveira jamais se sujeitaria a isso. Seria atraiçoar um «ideário» e um «passado», renegar a uma «postura», prostrar-se perante o «adversário». Reconheça-se-lhe, ao menos, a coerência.
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