INSISTO
Sobre o terrorismo, o Fernando insiste em defender a tese do «albergue espanhol». Só assim se explica a referência, agora, às milícias xiitas. Pede, ainda, compreensão para, preventivamente, minorar o terrorismo. E, en passant, aproveita para referir que o fenómeno do terrorismo não passa de um epifenómeno, com epicentro na forma como os «invasores» (para não lhe chamar «bárbaros») invadem (passe o pleonasmo) a seara alheia, defendendo, valho-nos Deus!, «interesses» puramente económicos. A tese é velha, mas eu relembro-a: há décadas (séculos?) que o Ocidente colocou a nação islâmica a pão e água, sugando-lhe, ao mesmo tempo, os seus mais preciosos recursos (nomeadamente o pitróleo). A par disto, o Ocidente, e mais concretamente a nação Imperial, tem vindo a infligir duros golpes na auto-estima dos árabes e dos muçulmanos espalhados pelo mundo, razão mais do que suficiente para explicar o fundamentalismo islâmico. Em traços gerais, presumo, se calhar de forma “tonta”, ser esta tese do Fernando.
Tudo bem. Se o Fernando acha que todo o terrorismo tem a mesma matriz e o mesmo core business, isso é lá com ele. Se ele acha que o Sr. Laden guarda no cofre, algures num deserto, “a” procuração que o colocou como defensor oficioso («defensor», claro, e não agressor) do Islão ofendido, invadido e explorado pela nação imperial, repito: faça-lhe bom proveito.
Eu, pela parte que me toca, não pretendo acalentar mais uma infinita discussão, até porque já escrevi dezenas de vezes sobre o assunto e já tentei explicar e «compreender» o terrorismo do Sr. Laden. À minha maneira, claro, a qual, admito, possa ficar ainda muito aquém das banalidades a que remetem as «compreensões» e as «justificações» levadas a cabo por iluminados plumitivos e pelas eminências pardas de serviço (e não, não estou a equivaler «justificação» com «conivência»). Recorro, apenas, para não pensarem que fujo com o traseiro à seringa e para evitar teores mais elevados de jactância numa posta já por si enlevada desse espírito, recorro, dizia, ao que escrevi neste blogue há uns meses atrás. Bin Laden pode ser a face de tudo, mas não é, certamente, a face da revolta dos milhões de muçulmanos que vivem, ainda hoje, num obscurantismo que lembra o pior da Idade Média. É sabido que, no seio das populações, quando estão reunidas as condições para se exprimirem livremente e sem receios, existe mais simpatia pelo Ocidente e pelo grande Satã do que alguma vez os críticos dos EUA poderão imaginar (cf. a mais recente sondagem realizada pela BBC/Oxford em terras iraquianas). É altura de perceber que o Ocidente (latu sensu) não anda em cruzada por terras muçulmanas. Não anda a humilhar ninguém. O Ocidente não tem nenhuma contenda com o Islão. É a Ocidente que existe tolerância, multi-culturalismo e liberdade de culto. Convinha explicar que os maiores culpados pelo infortúnio dos povos do médio oriente continuarão a actuar num limbo de impunidade sempre que a intelligentsia ocidental fizer questão de revisitar uma má consciência exacerbada, aliada a uma luta ideológica (onde se inclui o anti-americanismo). Os maiores culpados (não os únicos, mas os maiores) são os dirigentes e orquestradores político-religiosos. São os mullahs e os ayatollas; são aos dirigentes políticos do médio-oriente mentalmente mais empedernidos e tirânicos. Lembro apenas este facto: os 22 Estados da Liga Árabe são os mais oligárquicos do mundo. São estes responsáveis (políticos, religiosos e respectivos conselheiros) que adoram incendiar as populações contra terceiros; são estes que estimulam o ódio e o levam até às últimas consequências; são estes que sugam a riqueza do seu país para sustentar a sua pesada oligarquia; são estes que anestesiam a consciência crítica do seu povo face às suas responsabilidades e às suas políticas, através da criação de papões ocidentais e de um clima onde as liberdades de expressão, de imprensa, religiosa e política não têm lugar. Até porque, se bem me lembro, o 11 de Setembro aconteceu antes do Afeganistão e do Iraque...
Sobre o terrorismo, o Fernando insiste em defender a tese do «albergue espanhol». Só assim se explica a referência, agora, às milícias xiitas. Pede, ainda, compreensão para, preventivamente, minorar o terrorismo. E, en passant, aproveita para referir que o fenómeno do terrorismo não passa de um epifenómeno, com epicentro na forma como os «invasores» (para não lhe chamar «bárbaros») invadem (passe o pleonasmo) a seara alheia, defendendo, valho-nos Deus!, «interesses» puramente económicos. A tese é velha, mas eu relembro-a: há décadas (séculos?) que o Ocidente colocou a nação islâmica a pão e água, sugando-lhe, ao mesmo tempo, os seus mais preciosos recursos (nomeadamente o pitróleo). A par disto, o Ocidente, e mais concretamente a nação Imperial, tem vindo a infligir duros golpes na auto-estima dos árabes e dos muçulmanos espalhados pelo mundo, razão mais do que suficiente para explicar o fundamentalismo islâmico. Em traços gerais, presumo, se calhar de forma “tonta”, ser esta tese do Fernando.
Tudo bem. Se o Fernando acha que todo o terrorismo tem a mesma matriz e o mesmo core business, isso é lá com ele. Se ele acha que o Sr. Laden guarda no cofre, algures num deserto, “a” procuração que o colocou como defensor oficioso («defensor», claro, e não agressor) do Islão ofendido, invadido e explorado pela nação imperial, repito: faça-lhe bom proveito.
Eu, pela parte que me toca, não pretendo acalentar mais uma infinita discussão, até porque já escrevi dezenas de vezes sobre o assunto e já tentei explicar e «compreender» o terrorismo do Sr. Laden. À minha maneira, claro, a qual, admito, possa ficar ainda muito aquém das banalidades a que remetem as «compreensões» e as «justificações» levadas a cabo por iluminados plumitivos e pelas eminências pardas de serviço (e não, não estou a equivaler «justificação» com «conivência»). Recorro, apenas, para não pensarem que fujo com o traseiro à seringa e para evitar teores mais elevados de jactância numa posta já por si enlevada desse espírito, recorro, dizia, ao que escrevi neste blogue há uns meses atrás. Bin Laden pode ser a face de tudo, mas não é, certamente, a face da revolta dos milhões de muçulmanos que vivem, ainda hoje, num obscurantismo que lembra o pior da Idade Média. É sabido que, no seio das populações, quando estão reunidas as condições para se exprimirem livremente e sem receios, existe mais simpatia pelo Ocidente e pelo grande Satã do que alguma vez os críticos dos EUA poderão imaginar (cf. a mais recente sondagem realizada pela BBC/Oxford em terras iraquianas). É altura de perceber que o Ocidente (latu sensu) não anda em cruzada por terras muçulmanas. Não anda a humilhar ninguém. O Ocidente não tem nenhuma contenda com o Islão. É a Ocidente que existe tolerância, multi-culturalismo e liberdade de culto. Convinha explicar que os maiores culpados pelo infortúnio dos povos do médio oriente continuarão a actuar num limbo de impunidade sempre que a intelligentsia ocidental fizer questão de revisitar uma má consciência exacerbada, aliada a uma luta ideológica (onde se inclui o anti-americanismo). Os maiores culpados (não os únicos, mas os maiores) são os dirigentes e orquestradores político-religiosos. São os mullahs e os ayatollas; são aos dirigentes políticos do médio-oriente mentalmente mais empedernidos e tirânicos. Lembro apenas este facto: os 22 Estados da Liga Árabe são os mais oligárquicos do mundo. São estes responsáveis (políticos, religiosos e respectivos conselheiros) que adoram incendiar as populações contra terceiros; são estes que estimulam o ódio e o levam até às últimas consequências; são estes que sugam a riqueza do seu país para sustentar a sua pesada oligarquia; são estes que anestesiam a consciência crítica do seu povo face às suas responsabilidades e às suas políticas, através da criação de papões ocidentais e de um clima onde as liberdades de expressão, de imprensa, religiosa e política não têm lugar. Até porque, se bem me lembro, o 11 de Setembro aconteceu antes do Afeganistão e do Iraque...
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