UM CHÁ COM O SR. LADEN À LAPA
Anda meio mundo (à esquerda) a tentar suavizar ou a «contextualizar» as afirmações proferidas por sua eminência Soares, relativamente ao suposto diálogo com a Al-Qaeda do Sr. Laden. O próprio Mário Soares tentou explicar a barbaridade e a idiotice que Mário Soares havia proferido uns dias antes sobre o assunto. Pelos vistos, explicou Mário Soares, a coisa não foi bem interpretada. O que ele quis dizer foi uma coisa tremendamente diferente: há que tentar «compreender», «avaliar» e «dissecar» as pretensões do Sr. Laden, para ver o que elas poderão dar.
Para já, este episódio ficará para história pelo seguinte: o Mário Soares que considera Bush um perigo mundial e um ser humano ignaro para além de qualquer compreensão e diálogo; o Mário Soares que acha que a América é governada por um governo de extrema-direita; é o mesmo Mário Soares que coloca em hipótese vir a compreender as pretensões do Sr. Laden. Não é bem dialogar, mas andará lá perto (como também defendeu Villaverde Cabral). “Ok, vamos lá perceber o que eles querem para que eles não matem mais ninguém”.
Ao Dr. Soares ainda não lhe terá ocorrido este simples e brutal facto: ainda que fosse moralmente possível dialogar com gente que mata em nome de uma ideologia, de um pedaço de terra ou de um credo religioso (não é!), a Al-Qaeda do Sr. Laden não tem um objectivo claro, um propósito específico e limitado para as suas acções. Não tem, pura e simplesmente, uma «moeda de troca». O Sr. Laden e a sua Al-Qaeda serão sempre incapazes de justificar a matança e a barbárie, não só porque ela jamais se poderá justificar como, também, porque não há nada de concreto (leia-se “negociável”) a reivindicar. O discurso da Al-Qaeda é um discurso fundamentalista, errante, difuso, animado pela ideia de um grande Islão contra um Ocidente «infiel» e contra Israel. Alguém conhece, de facto, alguma reivindicação concreta, tangível e material da Al-Qaeda? Não é possível dialogar com o Sr. Laden. Deixemo-nos de tretas e de paninhos quentes.
Anda meio mundo (à esquerda) a tentar suavizar ou a «contextualizar» as afirmações proferidas por sua eminência Soares, relativamente ao suposto diálogo com a Al-Qaeda do Sr. Laden. O próprio Mário Soares tentou explicar a barbaridade e a idiotice que Mário Soares havia proferido uns dias antes sobre o assunto. Pelos vistos, explicou Mário Soares, a coisa não foi bem interpretada. O que ele quis dizer foi uma coisa tremendamente diferente: há que tentar «compreender», «avaliar» e «dissecar» as pretensões do Sr. Laden, para ver o que elas poderão dar.
Para já, este episódio ficará para história pelo seguinte: o Mário Soares que considera Bush um perigo mundial e um ser humano ignaro para além de qualquer compreensão e diálogo; o Mário Soares que acha que a América é governada por um governo de extrema-direita; é o mesmo Mário Soares que coloca em hipótese vir a compreender as pretensões do Sr. Laden. Não é bem dialogar, mas andará lá perto (como também defendeu Villaverde Cabral). “Ok, vamos lá perceber o que eles querem para que eles não matem mais ninguém”.
Ao Dr. Soares ainda não lhe terá ocorrido este simples e brutal facto: ainda que fosse moralmente possível dialogar com gente que mata em nome de uma ideologia, de um pedaço de terra ou de um credo religioso (não é!), a Al-Qaeda do Sr. Laden não tem um objectivo claro, um propósito específico e limitado para as suas acções. Não tem, pura e simplesmente, uma «moeda de troca». O Sr. Laden e a sua Al-Qaeda serão sempre incapazes de justificar a matança e a barbárie, não só porque ela jamais se poderá justificar como, também, porque não há nada de concreto (leia-se “negociável”) a reivindicar. O discurso da Al-Qaeda é um discurso fundamentalista, errante, difuso, animado pela ideia de um grande Islão contra um Ocidente «infiel» e contra Israel. Alguém conhece, de facto, alguma reivindicação concreta, tangível e material da Al-Qaeda? Não é possível dialogar com o Sr. Laden. Deixemo-nos de tretas e de paninhos quentes.
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