DESONESTIDADES, SEGUNDA PARTE
O Cruzes Canhoto desafia-me: “[desafio o MacGuffin] a descobrir algum caso em que uma destas instituições não fizesse a distinção entre os dois tipos de assassínios.”
Resposta do MacGuffin: o Cruzes, como leitor de boa literatura, saberá perfeitamente que mais importante do que aquilo que se diz é aquilo que não se diz.
Depois, tem razão o Cruzes quando acusa Dershowitz (que ele apelida carinhosamente de “Derswhovito”) de falta de imaginação. O mesmo mal, aliás, de que eu padeço.
Uma coisa é certa: o Cruzes deixa no ar uma dúvida e uma certeza.
A dúvida, diz respeito à frase “Israel está a ocupar ilegalmente há décadas território palestiniano (a "ínfima" parte de 30%).” Seria bom que se explicasse melhor. Por exemplo, que território é esse que Israel ocupa ilegalmente (qual a sua extensão e localização), e a que se referem os 30%. Pode até ser que as suas contas batam certas com as minhas.
A certeza: no seguimento do “mais importante do que aquilo que se diz é aquilo que não se diz”, sabemos agora que, de futuro, sempre que o Cruzes Canhoto apontar, com o rigor e o poder de documentação que se lhe reconhesse, os excessos, a injustiça e a violência israelitas dirigida aos palestinianos, fará também o favor de enunciar, também no mesmo texto, os excessos, a injustiça e a violência dos palestinianos para com os israelitas.
PS: e o Cruzes volta a ter razão numa coisa: aquele exemplo/comparação com os guardas de Auschwitz, avançado por Dershowitz, não foi muito feliz. Mas nada que se compare com a infelicidade da frase “Sem reparar que os guardas deste "Auschwitz" são de nacionalidade israelita e religião judaica”. Andamos muito saramaguianos, meus amigos...
O Cruzes Canhoto desafia-me: “[desafio o MacGuffin] a descobrir algum caso em que uma destas instituições não fizesse a distinção entre os dois tipos de assassínios.”
Resposta do MacGuffin: o Cruzes, como leitor de boa literatura, saberá perfeitamente que mais importante do que aquilo que se diz é aquilo que não se diz.
Depois, tem razão o Cruzes quando acusa Dershowitz (que ele apelida carinhosamente de “Derswhovito”) de falta de imaginação. O mesmo mal, aliás, de que eu padeço.
Uma coisa é certa: o Cruzes deixa no ar uma dúvida e uma certeza.
A dúvida, diz respeito à frase “Israel está a ocupar ilegalmente há décadas território palestiniano (a "ínfima" parte de 30%).” Seria bom que se explicasse melhor. Por exemplo, que território é esse que Israel ocupa ilegalmente (qual a sua extensão e localização), e a que se referem os 30%. Pode até ser que as suas contas batam certas com as minhas.
A certeza: no seguimento do “mais importante do que aquilo que se diz é aquilo que não se diz”, sabemos agora que, de futuro, sempre que o Cruzes Canhoto apontar, com o rigor e o poder de documentação que se lhe reconhesse, os excessos, a injustiça e a violência israelitas dirigida aos palestinianos, fará também o favor de enunciar, também no mesmo texto, os excessos, a injustiça e a violência dos palestinianos para com os israelitas.
PS: e o Cruzes volta a ter razão numa coisa: aquele exemplo/comparação com os guardas de Auschwitz, avançado por Dershowitz, não foi muito feliz. Mas nada que se compare com a infelicidade da frase “Sem reparar que os guardas deste "Auschwitz" são de nacionalidade israelita e religião judaica”. Andamos muito saramaguianos, meus amigos...
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial