E AGORA UMA AVENIDA
O catálogo
por Vasco Pulido Valente
in Diário de Notícias 20-03-2004
"As reacções ao 11 de Março esgotaram o catálogo da idiotia, da irrelevância, da vaidade e do mais torpe sentimentalismo indígena. Houve de tudo. Primeiro, os que se descobriram e se declararam em «guerra total», quando manifestamente a «Europa» se propõe ficar pelo reforço da polícia (e da «vigilância»), um gesto defensivo sem consequência. Segundo, os que pretendem já negociar, como o dr. Mário Soares, sem se darem ao trabalho de esclarecer com quem (com Estados muçulmanos, com a Al-Qaeda, com grupos terroristas que não reconhecem qualquer autoridade?) e o quê (a nossa segurança contra a existência de Israel, a livre imigração, ajuda, vassalagem?). Terceiro, os que ainda querem «combater» as «causas sociais» do terrorismo (a miséria, o atraso, a humilhação), desde que não seja à custa do seu bolso. Quarto (e ao contrário do anterior), os filósofos da «guerra de civilizações», que falam em «valores» e não falam da riqueza ocidental, cercada por um mundo em ruínas. Quinto, os que se especializaram em «civilização islâmica» e sabem distinguir entre a «boa» (que acabou no século XIV) e a «má», que prudentemente nunca mencionam. Sexto, os que de repente se tornaram teólogos para pontificar sobre o que o Corão permite ou não permite. Sétimo, os que discutem a guerra do Iraque, como se a guerra no Iraque (infelizmente consumada) continuasse a ser o problema. Oitavo, os jornalistas que se atiram a Aznar, porque julgam que o triste fim do homem afirma o seu poder corporativo. Nono, os que se atiram a Aznar, na falta de se atirarem a Barroso. E décimo, as repelentes criaturas que vieram exibir a sua «dor», como se a «dor» do sr. B ou do sr. Z interessasse a alguém. O 11 de Março mostrou Portugal no seu pior. Como sempre."
O catálogo
por Vasco Pulido Valente
in Diário de Notícias 20-03-2004
"As reacções ao 11 de Março esgotaram o catálogo da idiotia, da irrelevância, da vaidade e do mais torpe sentimentalismo indígena. Houve de tudo. Primeiro, os que se descobriram e se declararam em «guerra total», quando manifestamente a «Europa» se propõe ficar pelo reforço da polícia (e da «vigilância»), um gesto defensivo sem consequência. Segundo, os que pretendem já negociar, como o dr. Mário Soares, sem se darem ao trabalho de esclarecer com quem (com Estados muçulmanos, com a Al-Qaeda, com grupos terroristas que não reconhecem qualquer autoridade?) e o quê (a nossa segurança contra a existência de Israel, a livre imigração, ajuda, vassalagem?). Terceiro, os que ainda querem «combater» as «causas sociais» do terrorismo (a miséria, o atraso, a humilhação), desde que não seja à custa do seu bolso. Quarto (e ao contrário do anterior), os filósofos da «guerra de civilizações», que falam em «valores» e não falam da riqueza ocidental, cercada por um mundo em ruínas. Quinto, os que se especializaram em «civilização islâmica» e sabem distinguir entre a «boa» (que acabou no século XIV) e a «má», que prudentemente nunca mencionam. Sexto, os que de repente se tornaram teólogos para pontificar sobre o que o Corão permite ou não permite. Sétimo, os que discutem a guerra do Iraque, como se a guerra no Iraque (infelizmente consumada) continuasse a ser o problema. Oitavo, os jornalistas que se atiram a Aznar, porque julgam que o triste fim do homem afirma o seu poder corporativo. Nono, os que se atiram a Aznar, na falta de se atirarem a Barroso. E décimo, as repelentes criaturas que vieram exibir a sua «dor», como se a «dor» do sr. B ou do sr. Z interessasse a alguém. O 11 de Março mostrou Portugal no seu pior. Como sempre."
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial