SAI MAIS UMA ALAMEDA VÊ PÊ VÊ PARA A MESA DO CANTO
O programa
por Vasco Pulido Valente
in Diário de Notícias 19-03-2004
“O PSOE ganhou. Sobre isso, um comentário. Quando chegou a Paris, depois de ter entregue a Checoslováquia a Hitler e garantido a guerra a troco de um papel e de um ano de paz, Daladier, o primeiro-ministro da França, encontrou uma enorme multidão no aeroporto. Supôs que o iam matar. Não iam: foi um triunfo. «Idiotas», disse ele. De facto. Seja pelo que for, e sabendo ou não o que fazia (o sentimento e a virtude aqui não contam), o eleitorado espanhol escolheu uma política, a da Esquerda. E o que é essa política? Na ordem externa, isolar a América e reduzir a influência americana no mundo; transformar a UE num Estado federal (com uma Constituição e uma polícia própria); negociar com todo o terrorismo (como Soares já recomendou); e só abandonar uma neutralidade de princípio por um interesse evidente da «Europa». Na ordem interna, ceder a qualquer espécie de separatismo (a benefício de Bruxelas); impor uma tutela pública às multinacionais (porque se trata de uma «gigantesca Máfia»); e persistir num inviável «modelo social». Este programa, também defendido por Soares e, com nuances, pela Esquerda portuguesa inteira, não passa do clássico programa do apaziguamento e da trincheira com que sempre se espera resistir à mudança e ao perigo. Mas reflecte com exactidão a vontade da «Europa». Como aconselhava Salazar, a «Europa» quer que a deixem viver «habitualmente». Em segurança, sem incerteza, sem complicações. O programa da Esquerda parece responder a este deplorável desejo. Infelizmente, é a receita para a decadência e a catástrofe. Sem a América a «Europa» fica desarmada e o Islão (o «bom» ou o «mau», como preferirem), mesmo se lhe derem Israel, nunca aceitará o mais ligeiro compromisso.”
O programa
por Vasco Pulido Valente
in Diário de Notícias 19-03-2004
“O PSOE ganhou. Sobre isso, um comentário. Quando chegou a Paris, depois de ter entregue a Checoslováquia a Hitler e garantido a guerra a troco de um papel e de um ano de paz, Daladier, o primeiro-ministro da França, encontrou uma enorme multidão no aeroporto. Supôs que o iam matar. Não iam: foi um triunfo. «Idiotas», disse ele. De facto. Seja pelo que for, e sabendo ou não o que fazia (o sentimento e a virtude aqui não contam), o eleitorado espanhol escolheu uma política, a da Esquerda. E o que é essa política? Na ordem externa, isolar a América e reduzir a influência americana no mundo; transformar a UE num Estado federal (com uma Constituição e uma polícia própria); negociar com todo o terrorismo (como Soares já recomendou); e só abandonar uma neutralidade de princípio por um interesse evidente da «Europa». Na ordem interna, ceder a qualquer espécie de separatismo (a benefício de Bruxelas); impor uma tutela pública às multinacionais (porque se trata de uma «gigantesca Máfia»); e persistir num inviável «modelo social». Este programa, também defendido por Soares e, com nuances, pela Esquerda portuguesa inteira, não passa do clássico programa do apaziguamento e da trincheira com que sempre se espera resistir à mudança e ao perigo. Mas reflecte com exactidão a vontade da «Europa». Como aconselhava Salazar, a «Europa» quer que a deixem viver «habitualmente». Em segurança, sem incerteza, sem complicações. O programa da Esquerda parece responder a este deplorável desejo. Infelizmente, é a receita para a decadência e a catástrofe. Sem a América a «Europa» fica desarmada e o Islão (o «bom» ou o «mau», como preferirem), mesmo se lhe derem Israel, nunca aceitará o mais ligeiro compromisso.”
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