CARO JMF,
O meu amigo achou por bem criar (em abstracto) uma empresa comigo (facto que me deixou muito contente), achando também por bem estabelecer uma série de pressupostos e criar posteriormente outro conjunto de factos para benefício retórico. Muito bem. Agora que eu resolvi fazer o mesmo, complicando um pouco a questão com a entrada de novas variáveis e de novas restrições, e deixando ir a história para um rumo que, confesso, também me era conveniente, o meu amigo resolve encanitar-se e soltar a língua difamatoriamente.
O meu amigo, para além de ter arruinado uma relação empresarial com uma atitude intempestiva e despropositada, insiste na questão do outsourcing, alegando que a empresa era de um primo meu. Não o vou negar: a empresa – a tal que presta serviços de outsourcing para a Miele, Bosch e Siemens – pertence ao meu primo Custódio e é, de facto, uma excelente empresa, com provas dadas no mercado internacional. O facto de ele ser meu primo deveria ter impedido qualquer tipo de relação comercial? Porque carga d’água? Que raio de preconceito é esse? Não se estabeleceu, afinal, uma relação comercial profícua e sã, vantajosa para a nossa empresa e livre de negociatas? Deixe-me ver se entendi: o ser “primo” ou militante do “PSD” (ou CDU, PS, etc.) é, desde logo, um handicap? É sinónimo de conluio potencial? E o meu amigo está redondamente enganado: por incrível que possa parecer, em Évora o PSD tem-se coligado com a… CDU!
De seguida, afirma vócemessê que eu só queria fazer «receitas extraordinárias». Mentira. Mais uma vez leu o que não estava escrito. O que eu disse é que, numa altura de crise, em que estava em causa a manutenção de cinquenta postos de trabalho - e uma vez que teríamos de recorrer ao «emagrecimento» (palavra que, já vi, lhe faz socialmente confusão) da empresa - seriam necessária e legalmente libertadas (embora excepcionalmente) receitas extraordinárias que, por sua vez, iriam servir para colmatar alguns problemas: 1) um problema de insolvência de curto prazo; 2) o pagamento dos salários em atraso; 3) o pagamento de indemnizações; 4) a compra de equipamento moderno; 5) a recuperação da própria imagem da empresa junto do mercado e dos agentes económicos. O meu amigo é que entende que o despoletar de receitas extraordinárias é sinónimo ou de má gestão ou de vigarice. Não é!
Por último, desanca no meu amigo Ambrósio (o de Borba), porque ele é militante do PSD. É extremamente deselegante da sua parte sonegar o facto de ter sido o Ambrósio o grande responsável pelo programa de qualificação profissional que colocou a Icily num patamar de excelência sem paralelo. Se bem estou recordado, a empresa tornou-se num case study na área da gestão de recusros humanos, passando a representar um exemplo de aposta clara na qualificação do pessoal (até porque a crise da Icily esteve ligada a factores externos). Só entendo essa insinuação pelo facto de ter sido o Ambrósio a ficar com o seu Mercedes-Benz depois de vócemessê ter batido com a porta. Facto que nunca perdoou.
A Líbia? Vamos a isso! Mas, é claro, não "iremos". Agora que o meu amigo fechou as portas a qualquer entendimento – e, inclusivamente, a uma perdiz desossada! – não poderei contar consigo. Não leve a mal mas, ainda assim, aproveitarei a dica da Líbia. Irei eu. Surpreendido? Não esteja. É que, como não deve ter reparado, eu nunca confundi o plano das convicções ideológicas com o plano da competência profissional e do relacionamento humano.
O meu amigo achou por bem criar (em abstracto) uma empresa comigo (facto que me deixou muito contente), achando também por bem estabelecer uma série de pressupostos e criar posteriormente outro conjunto de factos para benefício retórico. Muito bem. Agora que eu resolvi fazer o mesmo, complicando um pouco a questão com a entrada de novas variáveis e de novas restrições, e deixando ir a história para um rumo que, confesso, também me era conveniente, o meu amigo resolve encanitar-se e soltar a língua difamatoriamente.
O meu amigo, para além de ter arruinado uma relação empresarial com uma atitude intempestiva e despropositada, insiste na questão do outsourcing, alegando que a empresa era de um primo meu. Não o vou negar: a empresa – a tal que presta serviços de outsourcing para a Miele, Bosch e Siemens – pertence ao meu primo Custódio e é, de facto, uma excelente empresa, com provas dadas no mercado internacional. O facto de ele ser meu primo deveria ter impedido qualquer tipo de relação comercial? Porque carga d’água? Que raio de preconceito é esse? Não se estabeleceu, afinal, uma relação comercial profícua e sã, vantajosa para a nossa empresa e livre de negociatas? Deixe-me ver se entendi: o ser “primo” ou militante do “PSD” (ou CDU, PS, etc.) é, desde logo, um handicap? É sinónimo de conluio potencial? E o meu amigo está redondamente enganado: por incrível que possa parecer, em Évora o PSD tem-se coligado com a… CDU!
De seguida, afirma vócemessê que eu só queria fazer «receitas extraordinárias». Mentira. Mais uma vez leu o que não estava escrito. O que eu disse é que, numa altura de crise, em que estava em causa a manutenção de cinquenta postos de trabalho - e uma vez que teríamos de recorrer ao «emagrecimento» (palavra que, já vi, lhe faz socialmente confusão) da empresa - seriam necessária e legalmente libertadas (embora excepcionalmente) receitas extraordinárias que, por sua vez, iriam servir para colmatar alguns problemas: 1) um problema de insolvência de curto prazo; 2) o pagamento dos salários em atraso; 3) o pagamento de indemnizações; 4) a compra de equipamento moderno; 5) a recuperação da própria imagem da empresa junto do mercado e dos agentes económicos. O meu amigo é que entende que o despoletar de receitas extraordinárias é sinónimo ou de má gestão ou de vigarice. Não é!
Por último, desanca no meu amigo Ambrósio (o de Borba), porque ele é militante do PSD. É extremamente deselegante da sua parte sonegar o facto de ter sido o Ambrósio o grande responsável pelo programa de qualificação profissional que colocou a Icily num patamar de excelência sem paralelo. Se bem estou recordado, a empresa tornou-se num case study na área da gestão de recusros humanos, passando a representar um exemplo de aposta clara na qualificação do pessoal (até porque a crise da Icily esteve ligada a factores externos). Só entendo essa insinuação pelo facto de ter sido o Ambrósio a ficar com o seu Mercedes-Benz depois de vócemessê ter batido com a porta. Facto que nunca perdoou.
A Líbia? Vamos a isso! Mas, é claro, não "iremos". Agora que o meu amigo fechou as portas a qualquer entendimento – e, inclusivamente, a uma perdiz desossada! – não poderei contar consigo. Não leve a mal mas, ainda assim, aproveitarei a dica da Líbia. Irei eu. Surpreendido? Não esteja. É que, como não deve ter reparado, eu nunca confundi o plano das convicções ideológicas com o plano da competência profissional e do relacionamento humano.
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