ATÉ BREVE, PEDRO
Foi por culpa do Pedro, do Pedro e do João (os infames) que decidi, um dia, criar um blogue. Trato-os familiarmente pelo primeiro nome porque o Pedro, o Pedro e o João passaram a ser, desde então, “muito cá de casa”. Hoje, como dantes, à distância e sem o mínimo contacto de ordem pessoal (contando apenas com as suas crónicas, artigos, ‘posts’ e alguns emails acidentais), continuam a ser, juntamente com este e este moço (*), o núcleo duro de amigos que me ajudam a levar à cena as minhas "Conversas Imaginárias Com...", as quais me vão entretendo neste enterior desquecido.
O Pedro despede-se, agora, da blogosfera. E eu penso: a pouco e pouco, a blosgosfera parece definhar. Pelo menos no que respeita aos blogues da minha preferência. Manter um blogue solitariamente, sem a ajuda de uma equipa (nalguns casos de uma wonder team) é, de facto, tarefa complicada. No meu caso, consigo fazê-lo sem grandes transtornos, em boa parte porque tenho um estatuto profissional que me permite alguns devaneios. Mas admito que o seja, e muito, para quem tem uma vida profissional e pessoal agitada, tanto mais vivendo numa cidade que funcionalmente impede qualquer alma de arranjar tempo para o «supérfluo». Daí à questão das “prioridades” vai um pequeníssimo passo que ninguém, no seu perfeito juízo, pode deixar de dar.
Há cerca de um ano atrás, fui dos poucos a escrever "a blogosfera vai durar o tempo que tiver que durar". Com esta afirmação estupidamente Lili Caneciana, pretendi dizer que a blogosfera dificilmente ultrapassaria o estatuto de epifenómeno. Ou seja: acessório, conjuntural, transitório. Na altura, recusei-me a embarcar na euforia e na embriaguez que tinham tomado de assalto a generalidade dos bloggers. Contudo, tive também o cuidado em não desvalorizar a importância e significado dos blogues, principalmente o caso dos blogues de direita. Para muita gente à direita, a blogosfera foi um verdadeiro palco onde se exercitaram visões, consciências e convencionalismos. No fundo, um verdadeiro exercício de libertação levado a cabo pela (imensa?) minoria que não pertencia, ou recusava pertencer, à grande família da esquerda, ainda dona e senhora (ok, estou a exagerar) de redacções e modus operandi (chegou mesmo a dizer-se, penso que exagerada e infundadamente, que a maioria dos blogues eram de direita). Nesta altura do campeonato, e utilizando uma carinhosa terminologia esquerdista, não estarei errado se disser que, do lado dos reaças, as coisas vão ficando pretas. Uns desaparecem, outros mantêm um nível de produtividade abaixo do albanês. Facto, aliás, perfeitamente natural. Não faz parte da génese da direita essa forma militante e metódica de arregimentar os outros, essa espécie de incitação explícita permanente, essa capacidade formicídea de «resistência» e «luta» (paradigma: Barnabé). Eu próprio não sei se, daqui a um, três ou cinco meses, estarei a escrever qualquer coisa do género “adeus, camaradas”. Sei, apenas, que o desaparecimento do Flor de Obsessão é um acontecimento triste. Quanto ao resto: esqueçam o que aqui escrevi.
(*) E mais este, este, esta...
Foi por culpa do Pedro, do Pedro e do João (os infames) que decidi, um dia, criar um blogue. Trato-os familiarmente pelo primeiro nome porque o Pedro, o Pedro e o João passaram a ser, desde então, “muito cá de casa”. Hoje, como dantes, à distância e sem o mínimo contacto de ordem pessoal (contando apenas com as suas crónicas, artigos, ‘posts’ e alguns emails acidentais), continuam a ser, juntamente com este e este moço (*), o núcleo duro de amigos que me ajudam a levar à cena as minhas "Conversas Imaginárias Com...", as quais me vão entretendo neste enterior desquecido.
O Pedro despede-se, agora, da blogosfera. E eu penso: a pouco e pouco, a blosgosfera parece definhar. Pelo menos no que respeita aos blogues da minha preferência. Manter um blogue solitariamente, sem a ajuda de uma equipa (nalguns casos de uma wonder team) é, de facto, tarefa complicada. No meu caso, consigo fazê-lo sem grandes transtornos, em boa parte porque tenho um estatuto profissional que me permite alguns devaneios. Mas admito que o seja, e muito, para quem tem uma vida profissional e pessoal agitada, tanto mais vivendo numa cidade que funcionalmente impede qualquer alma de arranjar tempo para o «supérfluo». Daí à questão das “prioridades” vai um pequeníssimo passo que ninguém, no seu perfeito juízo, pode deixar de dar.
Há cerca de um ano atrás, fui dos poucos a escrever "a blogosfera vai durar o tempo que tiver que durar". Com esta afirmação estupidamente Lili Caneciana, pretendi dizer que a blogosfera dificilmente ultrapassaria o estatuto de epifenómeno. Ou seja: acessório, conjuntural, transitório. Na altura, recusei-me a embarcar na euforia e na embriaguez que tinham tomado de assalto a generalidade dos bloggers. Contudo, tive também o cuidado em não desvalorizar a importância e significado dos blogues, principalmente o caso dos blogues de direita. Para muita gente à direita, a blogosfera foi um verdadeiro palco onde se exercitaram visões, consciências e convencionalismos. No fundo, um verdadeiro exercício de libertação levado a cabo pela (imensa?) minoria que não pertencia, ou recusava pertencer, à grande família da esquerda, ainda dona e senhora (ok, estou a exagerar) de redacções e modus operandi (chegou mesmo a dizer-se, penso que exagerada e infundadamente, que a maioria dos blogues eram de direita). Nesta altura do campeonato, e utilizando uma carinhosa terminologia esquerdista, não estarei errado se disser que, do lado dos reaças, as coisas vão ficando pretas. Uns desaparecem, outros mantêm um nível de produtividade abaixo do albanês. Facto, aliás, perfeitamente natural. Não faz parte da génese da direita essa forma militante e metódica de arregimentar os outros, essa espécie de incitação explícita permanente, essa capacidade formicídea de «resistência» e «luta» (paradigma: Barnabé). Eu próprio não sei se, daqui a um, três ou cinco meses, estarei a escrever qualquer coisa do género “adeus, camaradas”. Sei, apenas, que o desaparecimento do Flor de Obsessão é um acontecimento triste. Quanto ao resto: esqueçam o que aqui escrevi.
(*) E mais este, este, esta...
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