JORNALISMO DA TRETA
Na edição de Setembro da Vanity Fair (aquela onde a figura do Sr. Dom Duarte surgiu associada à “Europe’s Thoroughly Modern Monarchies”...), foi publicada uma carta, com direito a destaque, na qual um espertalhão chamado Art Dudley descobriu uma fotografia de Joseph Goebbels numa pose idêntica à de Richard Perle, numa fotografia tirada dois meses antes para a Fair. Escreveu Dudley: ”Here it is: the same arrogance, the same malice toward the photographer, the same all-around creepiness. (…) I seriously wonder if our democracy will survive if George Bush is elected to another term”. Conclusão: Perle = Goebbels. Bush = Hitler. E por aí fora.
Na ultima edição do Independente, José Ribeiro e Castro escreve: “No domingo, o “Público” ilustrava o Congresso do CDS/PP com uma fotografia de Paulo Portas como se estivesse de braço estendido no púlpito. O propósito não podia ser mais claro: aproveitar um instantâneo espertalhoto, um fotograma oportunista, um décimo de segundo de um movimento de um braço, para sugerir que no CDS se faz a saudação nazi e o líder cultiva o gesto fascista.”
Que os políticos façam uso (mal, em meu entender) destas insinuações absurdas, recorrendo à mais perigosa demagogia e à bestialização dos seus adversários políticos (Ferro Rodrigues, Louçã e Carvalhas têm sido useiros e vezeiros nesta matéria), ainda se pode tentar compreender (nem que, para isso, se evoque o já clássico “calor da discussão”). Agora, dos jornalistas esperamos outra postura e outro distanciamento. Ou não?
Na edição de Setembro da Vanity Fair (aquela onde a figura do Sr. Dom Duarte surgiu associada à “Europe’s Thoroughly Modern Monarchies”...), foi publicada uma carta, com direito a destaque, na qual um espertalhão chamado Art Dudley descobriu uma fotografia de Joseph Goebbels numa pose idêntica à de Richard Perle, numa fotografia tirada dois meses antes para a Fair. Escreveu Dudley: ”Here it is: the same arrogance, the same malice toward the photographer, the same all-around creepiness. (…) I seriously wonder if our democracy will survive if George Bush is elected to another term”. Conclusão: Perle = Goebbels. Bush = Hitler. E por aí fora.
Na ultima edição do Independente, José Ribeiro e Castro escreve: “No domingo, o “Público” ilustrava o Congresso do CDS/PP com uma fotografia de Paulo Portas como se estivesse de braço estendido no púlpito. O propósito não podia ser mais claro: aproveitar um instantâneo espertalhoto, um fotograma oportunista, um décimo de segundo de um movimento de um braço, para sugerir que no CDS se faz a saudação nazi e o líder cultiva o gesto fascista.”
Que os políticos façam uso (mal, em meu entender) destas insinuações absurdas, recorrendo à mais perigosa demagogia e à bestialização dos seus adversários políticos (Ferro Rodrigues, Louçã e Carvalhas têm sido useiros e vezeiros nesta matéria), ainda se pode tentar compreender (nem que, para isso, se evoque o já clássico “calor da discussão”). Agora, dos jornalistas esperamos outra postura e outro distanciamento. Ou não?
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