O IRAQUE, MAIS UMA VEZ
O António do A Quinta Coluna resolveu comentar a minha 'posta' sobre o Iraque. O que fez muito bem – com urbanidade e com argumentos. Contudo, lamento que tenha insistido na história do «pitróleo». Pensar que, por causa dos alegados 10% das reservas mundiais de petróleo, os EUA encetaram uma guerra gastando, para o efeito, biliões de dólares, não pega. E não pega porque, desde o início e até à data, a administração Bush afirmou que, uma vez estabilizada a situação, sairá do Iraque. O Iraque será dos iraquianos, incluindo o seu petróleo. Agora, seria ingénuo pensar que, quando isso acontecer, as relações económicas entre os EUA e a administração iraquiana serão nulas. Não serão. Vão ser estabelecidos contratos de exploração do 'ouro negro'. So what? A francesa Elf não está no Iraque há décadas? Que eu saiba, os sucessivos governos franceses fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que a «sua» companhia singrasse por terras de Saddam (eis a boa ética europeia, repleta de telhados de vidro). Não tenho dúvidas de que os EUA beneficiarão com o petróleo iraquiano. É claro que sim. Mas irão pagá-lo. Como pagam o proveniente da Arábia Saudita e do Kuwait. De uma vez por todas, deixemos de lado essa ideia fixa de vislumbrar, por todo o Iraque, um complexo sistema de pipelines, que servirá de bypass para sugar toda a riqueza do país directamente para o rancho do texano estúpido. Estamos em presença de Business, as usual. Ou "É a economia estúpido". A mesma economia onde a «velha» Europa também joga as suas cartadas. Repito: é redutor pensar que a intervenção norte-americana e inglesa no Iraque teve como móbil o petróleo. Em minha opinião, questões bem mais importantes e complexas a explicaram e justificaram. Mas é apenas uma opinião.
O António do A Quinta Coluna resolveu comentar a minha 'posta' sobre o Iraque. O que fez muito bem – com urbanidade e com argumentos. Contudo, lamento que tenha insistido na história do «pitróleo». Pensar que, por causa dos alegados 10% das reservas mundiais de petróleo, os EUA encetaram uma guerra gastando, para o efeito, biliões de dólares, não pega. E não pega porque, desde o início e até à data, a administração Bush afirmou que, uma vez estabilizada a situação, sairá do Iraque. O Iraque será dos iraquianos, incluindo o seu petróleo. Agora, seria ingénuo pensar que, quando isso acontecer, as relações económicas entre os EUA e a administração iraquiana serão nulas. Não serão. Vão ser estabelecidos contratos de exploração do 'ouro negro'. So what? A francesa Elf não está no Iraque há décadas? Que eu saiba, os sucessivos governos franceses fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que a «sua» companhia singrasse por terras de Saddam (eis a boa ética europeia, repleta de telhados de vidro). Não tenho dúvidas de que os EUA beneficiarão com o petróleo iraquiano. É claro que sim. Mas irão pagá-lo. Como pagam o proveniente da Arábia Saudita e do Kuwait. De uma vez por todas, deixemos de lado essa ideia fixa de vislumbrar, por todo o Iraque, um complexo sistema de pipelines, que servirá de bypass para sugar toda a riqueza do país directamente para o rancho do texano estúpido. Estamos em presença de Business, as usual. Ou "É a economia estúpido". A mesma economia onde a «velha» Europa também joga as suas cartadas. Repito: é redutor pensar que a intervenção norte-americana e inglesa no Iraque teve como móbil o petróleo. Em minha opinião, questões bem mais importantes e complexas a explicaram e justificaram. Mas é apenas uma opinião.
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