MAIS CORREIO
Do Vitor:
”O Sepúlveda até tem dois ou três livros interessantes - «O Velho
que lia romances de amor», «As Rosas de Atacama» ou o «Patagonia Express».
Apenas porque tem uma escrita jornalística solta e descreve muito bem
os universos fascinantes e mal conhecidos do Grande Sul argentino e chileno,
apesar de, nesta área, não chegar aos calcanhares do Francisco Coloane.
Quanto às suas posições sobre o Fidel, pois... estive recentemente em Cuba,
duas semanas. Com um rent-a-car, percorri o país quase todo, meti o nariz na
Cuba profunda e a revolução, apesar de embargada pelos americanos, está também embargada pelo próprio Fidel.
Uma família de camponeses - no cu de Judas - reuniu-se à volta de um simples
sabonete que lhes ofereci à falta das «lapiseras» pedidas (já tinham sido
todas despachada numa escola primária). Foi profundamente triste assistir
àquela cena e perceber que pouco podia fazer por eles. Foi estranhíssimo
sentir a censura, a repressão, a falta de liberdade - para mim que nasci 9
anos antes do 25 de Abril, foi uma experiência limite. A dignidade dos
cubanos e de qualquer ser humano merece mais. As multinacionais americanas
dispensam-se mas se calhar serão a merda do preço que os cubanos terão de
pagar pela liberdade e pela justiça no seu próprio país. O mundo está
assim...
Do Vitor:
”O Sepúlveda até tem dois ou três livros interessantes - «O Velho
que lia romances de amor», «As Rosas de Atacama» ou o «Patagonia Express».
Apenas porque tem uma escrita jornalística solta e descreve muito bem
os universos fascinantes e mal conhecidos do Grande Sul argentino e chileno,
apesar de, nesta área, não chegar aos calcanhares do Francisco Coloane.
Quanto às suas posições sobre o Fidel, pois... estive recentemente em Cuba,
duas semanas. Com um rent-a-car, percorri o país quase todo, meti o nariz na
Cuba profunda e a revolução, apesar de embargada pelos americanos, está também embargada pelo próprio Fidel.
Uma família de camponeses - no cu de Judas - reuniu-se à volta de um simples
sabonete que lhes ofereci à falta das «lapiseras» pedidas (já tinham sido
todas despachada numa escola primária). Foi profundamente triste assistir
àquela cena e perceber que pouco podia fazer por eles. Foi estranhíssimo
sentir a censura, a repressão, a falta de liberdade - para mim que nasci 9
anos antes do 25 de Abril, foi uma experiência limite. A dignidade dos
cubanos e de qualquer ser humano merece mais. As multinacionais americanas
dispensam-se mas se calhar serão a merda do preço que os cubanos terão de
pagar pela liberdade e pela justiça no seu próprio país. O mundo está
assim...
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial