O MacGuffin

sábado, setembro 13, 2003

SOBRE LENI RIEFENSTAHL
Escreve Fernando Gomes da Costa:
"Sempre que desaparece alguém que marcou a Arte, os meios de comunicação social, em especial as televisões, costumam dedicar-lhes algum tempo de antena, quer através de programas biográficos quer, quase sempre no caso dos cineastas, pela transmissão de um ou mais filmes marcantes da sua obra.
Como é sabido, morreu no dia 8 de Setembro a cineasta Leni Riefenstahl. É unanimemente considerada como um expoente e uma força da arte cinematográfica. Tendo no entanto estado ligada (apenas pela via artística e intelectual) ao regime nazi e aproveitada por este para as suas acções de propaganda, foi objecto do ostracismo das classes intelectuais dominantes, por sua vez dominadas pela retórica esquerdista. Por exemplo, Eduardo Prado Coelho, um cinéfilo atento a tudo o que está ligado à 7ª Arte não lhe dedicou uma linha que fosse...talvez por ser ainda mais atento às directivas politicamente correctas. Azar dela o não ter estado ao serviço do estalinismo ou de uma qualquer das muitas ditaduras filo-comunistas passadas ou presentes.
Nas televisões, para além de uma breve nota nos noticiários, houve apenas o ignorar do facto. Filmes como "Triumph des Willens" (o Triunfo da Vontade) e "Olympia", que mesmo os mais empedernidos cinéfilos de esquerda reconhecem como sendo obras primas do cinema, não passarão nunca das televisões. Como mais uma vez se comprova, a mentalidade do lápis azul não desapareceu. Apenas tem agora tons avermelhados, que lhe dão mais credibilidade e aceitação."

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