CORREIO
De Jorge Bento:
“Li hoje o seu post sobre o Zé Luis e só gostaria de comentar o seguinte. Copiando a histeria fundamentalista do mundo árabe, que pela proibição de criticar os seus governos, apenas lhe resta a saída de criticar e imputar ao inimigo externo a responsabilidade do inferno em que vive, também a esquerda - confundida com a sociedade aberta em que vivemos, em que o eleitorado já não se revê nas suas utopias - procura ganhar o alento perdido em torno de uma causa comum, inventando o fantasma do inimigo externo (o imperialismo americano, ou seja, o outro modelo que se impôs ao socialismo utópico pela “força da violência, da opressão e da guerra “, como o diz o seu amigo Zé Luis, que deixa no ar a ameaça “nunca se irá esquecer “…). Se um dia os Zés Luis chegarem ao poder, já sabemos o que nos espera: a reeducação socialista. Com amigos desses… talvez seja melhor procurar outras companhias.
PS: Haveria muito mais a dizer sobre esta esquerda, que se reinventa diariamente com as novas roupagens do “socialismo democrático” mas isso seria dar-lhes demasiada importância , aos Zés Luis Sepúlvedas que por aí andam.”
Caro Jorge Bento: como deve calcular, o Zé Luis é meu amigo. E, neste contexto, estou com Nelson Rodrigues: “Quando os amigos deixam de jantar com os amigos por causa da ideologia, é porque o país está maduro para a carnificina”. Há um oceano de ideias (políticas) a separar-nos. Mas uma grande amizade a unir-nos (e gostos estéticos muito parecidos). O Zé Luis sempre respeitou a minhas ideias e eu as dele. Por isso nos damos bem, apesar das já famosas discussões.
O Zé Luis é uma pessoa inteligente. Só lamento que, de tempos a tempos, a sua retórica resvale para a pior esquerdite: a dos slogans maniqueístas, repletos de bons e maus.
Quanto à sua carta, subscrevo-a. Até porque o Zé Luis tem de levar na orelhas, de quando em vez. Como eu, aliás.
De Jorge Bento:
“Li hoje o seu post sobre o Zé Luis e só gostaria de comentar o seguinte. Copiando a histeria fundamentalista do mundo árabe, que pela proibição de criticar os seus governos, apenas lhe resta a saída de criticar e imputar ao inimigo externo a responsabilidade do inferno em que vive, também a esquerda - confundida com a sociedade aberta em que vivemos, em que o eleitorado já não se revê nas suas utopias - procura ganhar o alento perdido em torno de uma causa comum, inventando o fantasma do inimigo externo (o imperialismo americano, ou seja, o outro modelo que se impôs ao socialismo utópico pela “força da violência, da opressão e da guerra “, como o diz o seu amigo Zé Luis, que deixa no ar a ameaça “nunca se irá esquecer “…). Se um dia os Zés Luis chegarem ao poder, já sabemos o que nos espera: a reeducação socialista. Com amigos desses… talvez seja melhor procurar outras companhias.
PS: Haveria muito mais a dizer sobre esta esquerda, que se reinventa diariamente com as novas roupagens do “socialismo democrático” mas isso seria dar-lhes demasiada importância , aos Zés Luis Sepúlvedas que por aí andam.”
Caro Jorge Bento: como deve calcular, o Zé Luis é meu amigo. E, neste contexto, estou com Nelson Rodrigues: “Quando os amigos deixam de jantar com os amigos por causa da ideologia, é porque o país está maduro para a carnificina”. Há um oceano de ideias (políticas) a separar-nos. Mas uma grande amizade a unir-nos (e gostos estéticos muito parecidos). O Zé Luis sempre respeitou a minhas ideias e eu as dele. Por isso nos damos bem, apesar das já famosas discussões.
O Zé Luis é uma pessoa inteligente. Só lamento que, de tempos a tempos, a sua retórica resvale para a pior esquerdite: a dos slogans maniqueístas, repletos de bons e maus.
Quanto à sua carta, subscrevo-a. Até porque o Zé Luis tem de levar na orelhas, de quando em vez. Como eu, aliás.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial