UNIVERSITATE
Na Literary Review de Abril, Michael Burleigh compara o sistema universitário inglês com o norte-americano, pegando no exemplo da universidade de Stanford, situada no Silicon Valley, California. Com um campus que se estende numa área de cerca de 930 hectares, a universidade de Stanford é uma das universidades de topo dos EUA, gerindo, anualmente, um orçamento de 8,5 biliões de euros. Em 2002 recebeu cerca de 455 milhões de euros em donativos. Vários prémios Nobel e Pulitzer leccionam em Stanford. Os professores ganham anualmente, em média, 200 mil euros, a que acresce, entre outras benesses, facilidades ao nível do alojamento (em Palo Alto, por exemplo). Durante todo ano, a instituição fervilha com eventos que reúnem os mais destacados académicos do país e de outras universidades estrangeiras. Não é barato estudar em Stanford: 45.000 euros é o que um aluno paga em média, por ano, para lá estudar. Contudo, todos sabem que sairão dali com um grau académico e um estatuto que assegurarão rendimentos futuros, no mundo do trabalho, absolutamente astronómicos. Por outro lado, os cerca de 7.000 estudantes licenciados que seguiram a via académica, fazem-no de forma gratuita, recebendo ainda cerca de 17.500 euros por ano, em ajudas de custo. 40% dos não graduados ou não pagam nada ou recebem dinheiro sob a forma de empréstimo bonificado. Existe em Stanford uma quase obsessão igualitária na forma como os estudantes são tratados. A cumplicidade entre os alunos e o corpo docente é total e invejável. O sistema de admissão à universidade é obsessivamente justo, estendendo-se a todas as escolas do país, sem discriminação de qualquer ordem. A universidade desenvolveu uma política de diversificação de nacionalidades entre os estudantes, oferecendo formação gratuita a estudantes que venham do estrangeiro. Por último, e ao contrário do que acontece na Grã-Bretanha, os académicos, em Stanford, não estão sujeitos a um sistema de avaliação estalinista, do tipo "publish or perish”. Ou seja, conclui Burleigh, a Grã-Bretanha está a perder os seus crânios e os seus mais proeminentes estudantes, que atravessam o Atlântico deixando as universidades britânicas entregues a uma espécie de mediocridade institucionalizada.
Avanço com a pergunta da praxe: e as universidades portuguesas? Ok, não vou responder. Não é altura para contar anedotas.
Na Literary Review de Abril, Michael Burleigh compara o sistema universitário inglês com o norte-americano, pegando no exemplo da universidade de Stanford, situada no Silicon Valley, California. Com um campus que se estende numa área de cerca de 930 hectares, a universidade de Stanford é uma das universidades de topo dos EUA, gerindo, anualmente, um orçamento de 8,5 biliões de euros. Em 2002 recebeu cerca de 455 milhões de euros em donativos. Vários prémios Nobel e Pulitzer leccionam em Stanford. Os professores ganham anualmente, em média, 200 mil euros, a que acresce, entre outras benesses, facilidades ao nível do alojamento (em Palo Alto, por exemplo). Durante todo ano, a instituição fervilha com eventos que reúnem os mais destacados académicos do país e de outras universidades estrangeiras. Não é barato estudar em Stanford: 45.000 euros é o que um aluno paga em média, por ano, para lá estudar. Contudo, todos sabem que sairão dali com um grau académico e um estatuto que assegurarão rendimentos futuros, no mundo do trabalho, absolutamente astronómicos. Por outro lado, os cerca de 7.000 estudantes licenciados que seguiram a via académica, fazem-no de forma gratuita, recebendo ainda cerca de 17.500 euros por ano, em ajudas de custo. 40% dos não graduados ou não pagam nada ou recebem dinheiro sob a forma de empréstimo bonificado. Existe em Stanford uma quase obsessão igualitária na forma como os estudantes são tratados. A cumplicidade entre os alunos e o corpo docente é total e invejável. O sistema de admissão à universidade é obsessivamente justo, estendendo-se a todas as escolas do país, sem discriminação de qualquer ordem. A universidade desenvolveu uma política de diversificação de nacionalidades entre os estudantes, oferecendo formação gratuita a estudantes que venham do estrangeiro. Por último, e ao contrário do que acontece na Grã-Bretanha, os académicos, em Stanford, não estão sujeitos a um sistema de avaliação estalinista, do tipo "publish or perish”. Ou seja, conclui Burleigh, a Grã-Bretanha está a perder os seus crânios e os seus mais proeminentes estudantes, que atravessam o Atlântico deixando as universidades britânicas entregues a uma espécie de mediocridade institucionalizada.
Avanço com a pergunta da praxe: e as universidades portuguesas? Ok, não vou responder. Não é altura para contar anedotas.
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