Vem aí algo de espectacular
Ando por estes dias muito dado à paz entre os povos, as classes e as claques e, nesse sentido, tendo a vislumbrar no aparente idiotismo de certas declarações, algo de bom e promissor para o futuro da pessoa de bem que as profere. Vejamos o caso António José Seguro, esse outrora imberbe e eterno príncipe da política portuguesa, agora empossado rei, perdão, secretário-geral do partido do senhor engenheiro José Sócrates (lembram-se?).
Tenho para mim que a inebriante e pungente indignação de que se reveste o jovem António José para comentar as recentes trafulhices do Sr. Jardim e a suposta «cumplicidade» envergonhada do primeiro-ministro no caso (vamos todos fazer de conta de que o Dr. Passos Coelho sabia do que se passava e, sabendo, a tudo anuiu), é, afinal, uma forma de ensaiar algo de muito parecido em relação aos governantes que, até há três meses e picos, mandavam nesta chafarica.
Antevejo, por isso, e para muito breve, algo de muito singular na vida política portuguesa, e que será devidamente televisionado: o jovem António José, frente a um espelho, olhando-se nos olhos, declarando «retiro-lhe a si, meu caro senhor, e desde já, qualquer tipo de legitimidade política para criticar o actual governo e toda a confiança política para levar a cabo a função de líder do principal partido da oposição, caso V. Exa. não venha a público demarcar-se do anterior primeiro-ministro, por sinal líder do partido de que o senhor é actualmente secretário-geral».
Estou mortinho para ver.
(publicado originalmente aqui)
Tenho para mim que a inebriante e pungente indignação de que se reveste o jovem António José para comentar as recentes trafulhices do Sr. Jardim e a suposta «cumplicidade» envergonhada do primeiro-ministro no caso (vamos todos fazer de conta de que o Dr. Passos Coelho sabia do que se passava e, sabendo, a tudo anuiu), é, afinal, uma forma de ensaiar algo de muito parecido em relação aos governantes que, até há três meses e picos, mandavam nesta chafarica.
Antevejo, por isso, e para muito breve, algo de muito singular na vida política portuguesa, e que será devidamente televisionado: o jovem António José, frente a um espelho, olhando-se nos olhos, declarando «retiro-lhe a si, meu caro senhor, e desde já, qualquer tipo de legitimidade política para criticar o actual governo e toda a confiança política para levar a cabo a função de líder do principal partido da oposição, caso V. Exa. não venha a público demarcar-se do anterior primeiro-ministro, por sinal líder do partido de que o senhor é actualmente secretário-geral».
Estou mortinho para ver.
(publicado originalmente aqui)
1 Comentários:
Esta foto é um achado!
Impagável.
Neste caso, vale milhares de palavras, pretéritas, presentes e futuras.
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