Sem emenda
José Sócrates falou ao país sobre as medidas que não constam de um, segundo o tom do discurso, quase hipotético «regaste» do FMI, deixando no ar a ideia de que o PEC IV assoberbou os responsáveis da troika. Quem ouviu o primeiro-ministro naquele momento pode ser levado a pensar que, no final, graças ao «esforço do governo», acabámos nós a explicar ao FMI, à CE e ao BCE como queríamos as coisas, ao que nos disseram «tomem lá 80 mil milhões de euros e vão à vossa vida».
José Sócrates, que a 28 de Abril dizia «vamos ter saudades do PEC IV», voltou ao seu habitual número de trafulha: dizer o que lhe convém na qualidade de candidato e emudecer relativamente ao que devia ter dito na qualidade de primeiro-ministro responsável e com respeito pelos cidadãos. De caminho, para a farsa, arrastou o ministro das Finanças para a fotografia na qualidade de bibelô. No mínimo, caricato.
Nos próximos dias, os portugueses vão acordar para a realidade. Pode ser que consigam sobreviver a mais esta dose de anestesia que o Sr. Eng. lhes tentou administrar. Uma coisa é, contudo, certa: o homem é um artista de se lhe tirar o chapéu. Começo a ter pena de Pedro Passos Coelho.
PS: Registo a forma cândida como alguns comentadores trataram de sorver, como quem sorve um sorvete de limão no pico do Verão, a versão rosácea da comunicação ao país. Fez-me lembrar o "Les Sucettes" do Gainsbourg.
José Sócrates, que a 28 de Abril dizia «vamos ter saudades do PEC IV», voltou ao seu habitual número de trafulha: dizer o que lhe convém na qualidade de candidato e emudecer relativamente ao que devia ter dito na qualidade de primeiro-ministro responsável e com respeito pelos cidadãos. De caminho, para a farsa, arrastou o ministro das Finanças para a fotografia na qualidade de bibelô. No mínimo, caricato.
Nos próximos dias, os portugueses vão acordar para a realidade. Pode ser que consigam sobreviver a mais esta dose de anestesia que o Sr. Eng. lhes tentou administrar. Uma coisa é, contudo, certa: o homem é um artista de se lhe tirar o chapéu. Começo a ter pena de Pedro Passos Coelho.
PS: Registo a forma cândida como alguns comentadores trataram de sorver, como quem sorve um sorvete de limão no pico do Verão, a versão rosácea da comunicação ao país. Fez-me lembrar o "Les Sucettes" do Gainsbourg.
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