“E pensei: despacho-o já ou será que deixei a espingarda lá em baixo?”
“Acordei com um pássaro a saudar a greve”. Foi assim que o candidato Manuel Alegre se dirigiu ao povo no twitter, para comentar a greve do passado dia 24. É provável que o candidato Manuel Alegre seja pulverizado pelos resultados eleitorais de 23 de Janeiro de 2011 e que, em resultado disso, desapareça por tempo indeterminado do nosso convívio. O que é uma pena. Vou ter saudades da forma sensível como Manuel Alegre observa a realidade; como ele faz questão de demonstrar que a política convoca no seu espírito a espiritualidade (passe o pleonasmo) e a poesia de um estadista. Ao contrário do outro, claro, que é economista (logo mesquinho e unidimensional no que respeita ao conhecimento), de direita (logo insensível e feito com o «sistema»), consta que nunca terá escrito um livro de poesia (logo um impotente do sentimento) e, last but not least, mastiga o bolo rei com a boca aberta (logo um incorrigível rústico). O que é que a política e o país têm que ver com isto? Não faço a mais pálida ideia.
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