Oi, tudo bom?
A palavra ao João Miranda:
1. A Oi é um activo estratégico de grande importância, um pouco como a insubstituível Vivo o era ainda há 15 dias.
2. Vender a Vivo por 7,5 mil milhões é um grande negócio. Há quinze dias atrás a venda por 7,15 mil milhões era uma asneira tendo em conta o grande potencial da empresa.
3. A Oi é uma empresa de grande potencial. Há 15 dias atrás era uma empresa cheia de problemas cujo potencial não tinha qualquer comparação com o da Vivo.
4. A PT está a vender a Vivo na altura certa. O potencial de crescimento está esgotado. Esgotou-se nos últimos 15 dias.
5. Ser minoritário na Oi não é um problema. Há 15 dias uma posição de controlo da Vivo era essencial.
6. O governo fez muito bem em usar a Golden Share. Conseguiu-se subir o preço e os accionistas privados ganharam. Há 15 dias intervenção estatal era justificada pelo interesse nacional, hoje intervenção estatal é justificada como forma de reforçar o poder de barganha de privados.
7. Se não fosse o uso da Golden Share a PT não tinha entrado na Oi. Non sequitur óbvio. Mas pronto. Há quem acredite nisso.
8. Conseguiu-se vender a Vivo por bom preço e ficar no Brasil. (Falta dizer que a Oi foi cara, o que em parte anula o bom negócio que se fez com a Vivo).
9. Há 15 dias era inaceitável vender a Vivo porque se teria que sair do mercado brasileiro. Entrar noutra empresa seria muito difícil. Ou a Vivo ou o caos. Ao fim de 15 dias trocou-se uma posição de controlo na Vivo por uma minoritária na Oi.
10. E já nem falo nos grandes nacionalistas portugueses, que se contentam com muito pouco. Basta a ilusão de que ser minoritário na Oi é tão bom como controlar a Vivo para os manter felizes. Ficam contentes por mandar menos em menos. Santana Lopes nem se vai lembrar do que disse.
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