Um tiro no pé
Alguém terá reparado? António Costa, com aquele sorriso prazenteiro de quem acabou de almoçar um bife do lombo, gabou-se do resultado de uma iniciativa que patrocinou, e que o encheu de orgulho como o enchem dois bifes do lombo, iniciativa que colocou em competição (de mobilidade), uma bicicleta, o metropolitano, um táxi e um Porsche (desconheço a versão, mas presumo que tenha sido um mítico 911). O percurso, do Campo Grande ao Marquês (curto, não fosse outro o resultado), proporcionou uma vitória à bicicleta, seguida do Metro, do táxi e, por fim, do Porsche. Isto tudo se passou no Dia Europeu Sem Carros, ou seja, num dia em que houve um pouquinho menos de carros nas estradas. Ao contrário do que disse o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a iniciativa disse muito mais sobre a forma miserável como o tráfego automóvel se move nas avenidas e ruas de Lisboa, do que sobre as salvíficas soluções alternativas. Até num dia ligeiramente mais «calmo», os carros tiveram dificuldade em mover-se num curtíssimo trajecto. Pior imagem que esta, no toca aos problemas de mobilidade, não podia ter sido dada. O que o resultado demonstra é a incapacidade dos responsáveis da câmara (não apenas Costa, mas também o Zé e os que o antecederam) em resolver os problemas de mobilidade em Lisboa. É tão fácil culpar os carros. E é tão fácil culpar o condutor, como se este teimasse, que nem um néscio, em utilizar o seu carro para se deslocar.
PS: claro que alguém reparou: o incansável João Miranda (tinha eu acabado de colocar este post e dei de caras com este. Damn!)
PS: claro que alguém reparou: o incansável João Miranda (tinha eu acabado de colocar este post e dei de caras com este. Damn!)
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