Esta coisa do aquecimento global tem muito que se lhe diga
Rebelo da Silva, em artigo publicado em 1930 na Revista Agronómica, deu-nos conta de um estudo levado a cabo pelo abade de Montearagon, em 1662, sobre cataclismos, secas e fomes na Península Ibérica:
”[em 1040 AC] a Península Ibérica começou a ser assolada por calores tão intensos que não houve rio ou fonte que não secasse, exceptuando dos rios Ébro e Guadalquivir, que apenas conservaram pouquíssima água. Durante muito tempo não choveu, e em extensões de terreno de grande superfície, o solo abriu fendas muito profundas. Toda a vegetação secou; a falta de subsistências foi geral, compelindo os habitantes do País a emigrar; nas suas terras conservaram-se os proprietários ricos confiados na provisão de subsistência, que haviam feito, e tendo esperança e melhores tempos que não vieram. Consumiram as subsistências e quando quiseram fugir dessas desoladas terras era já muito tarde; foram morrendo de fome e de sede pelo caminho, salvando-se apenas, em pequeno número, os que puderam refugiar-se nas montanhas dos Pirinéus. Esta calamidade durou vinte e seis anos, sem que a chuva nem um único dia refrescasse o solo de Espanha, que ficou despovoado. Findo este tempo, choveu abundantemente e consecutivamente durante três anos; a terra cobriu-se novamente de vegetação, e a Espanha começou a repovoar-se” (fonte: Revista Agronómica, 1930, Rebelo da Silva).
Em Portugal, Rebelo da Silva apoiou-se nos Anais de D. João III, escritos por Luís de Sousa, para evocar que, em 1552, em todo o reino ”estavam os campos tam secos que, como em outro tempo se despovoou Hispanha por lhe faltarem as chuvas ordinárias, parecia que tornava similhante desventuras.”
Daqui se concluiria, até há bem pouco tempo, que há séculos que o «imperialismo americano» vem fustigando o planeta terra e a camada do ozono. Alfonso Manitas de Plata, um estudioso catalão da matéria, em paper publicado há três anos, reiteraria a tese: ”Em 1545, era já notório o autismo por parte dos responsáveis norte-americanos (os que, na altura, mais contribuíam para a poluição no planeta) em não abrir mão das suas reservas de búfalos – um número perto do bilião e meio – cuja ventosidade intestinal deixava marcas indeléveis na camada de ozono, provocando um efeito estufa devastador que secou rios, ribeiros, riachos e poças de água”.
Em Portugal, um distinto cientista filiado no Bloco de Esquerda que, para este pequeno apontamento de reportagem, pediu o anonimato, tinha praticamente concluído um estudo sobre o impacto dos sinais de fumo, utilizados pelas tribos nativas norte-americanas (os Mohawks, os Teton Lakota, os Choctaw do sudoeste e os Shoshon), na atmosfera. Relatos manuscritos do Grande Chefe Bogart (Mohawk) referiam “secas prolongadas, pés gretados e mulheres quentes”, ambiente comummente atribuído à interconexão entre o mundo dos espíritos e o mundo dos vivos.
Tinha. Entretanto Obama venceu, o Dr. Soares benzeu a Epifania e o estudo engasgou-se. Deve ser do calor.
”[em 1040 AC] a Península Ibérica começou a ser assolada por calores tão intensos que não houve rio ou fonte que não secasse, exceptuando dos rios Ébro e Guadalquivir, que apenas conservaram pouquíssima água. Durante muito tempo não choveu, e em extensões de terreno de grande superfície, o solo abriu fendas muito profundas. Toda a vegetação secou; a falta de subsistências foi geral, compelindo os habitantes do País a emigrar; nas suas terras conservaram-se os proprietários ricos confiados na provisão de subsistência, que haviam feito, e tendo esperança e melhores tempos que não vieram. Consumiram as subsistências e quando quiseram fugir dessas desoladas terras era já muito tarde; foram morrendo de fome e de sede pelo caminho, salvando-se apenas, em pequeno número, os que puderam refugiar-se nas montanhas dos Pirinéus. Esta calamidade durou vinte e seis anos, sem que a chuva nem um único dia refrescasse o solo de Espanha, que ficou despovoado. Findo este tempo, choveu abundantemente e consecutivamente durante três anos; a terra cobriu-se novamente de vegetação, e a Espanha começou a repovoar-se” (fonte: Revista Agronómica, 1930, Rebelo da Silva).
Em Portugal, Rebelo da Silva apoiou-se nos Anais de D. João III, escritos por Luís de Sousa, para evocar que, em 1552, em todo o reino ”estavam os campos tam secos que, como em outro tempo se despovoou Hispanha por lhe faltarem as chuvas ordinárias, parecia que tornava similhante desventuras.”
Daqui se concluiria, até há bem pouco tempo, que há séculos que o «imperialismo americano» vem fustigando o planeta terra e a camada do ozono. Alfonso Manitas de Plata, um estudioso catalão da matéria, em paper publicado há três anos, reiteraria a tese: ”Em 1545, era já notório o autismo por parte dos responsáveis norte-americanos (os que, na altura, mais contribuíam para a poluição no planeta) em não abrir mão das suas reservas de búfalos – um número perto do bilião e meio – cuja ventosidade intestinal deixava marcas indeléveis na camada de ozono, provocando um efeito estufa devastador que secou rios, ribeiros, riachos e poças de água”.
Em Portugal, um distinto cientista filiado no Bloco de Esquerda que, para este pequeno apontamento de reportagem, pediu o anonimato, tinha praticamente concluído um estudo sobre o impacto dos sinais de fumo, utilizados pelas tribos nativas norte-americanas (os Mohawks, os Teton Lakota, os Choctaw do sudoeste e os Shoshon), na atmosfera. Relatos manuscritos do Grande Chefe Bogart (Mohawk) referiam “secas prolongadas, pés gretados e mulheres quentes”, ambiente comummente atribuído à interconexão entre o mundo dos espíritos e o mundo dos vivos.
Tinha. Entretanto Obama venceu, o Dr. Soares benzeu a Epifania e o estudo engasgou-se. Deve ser do calor.
1 Comentários:
Caro Carlos
Você já está desactualizado.
Já ninguém fala do "Aquecimento" global.
Agora falam das "Alterações climáticas".
Esta mudança de semântica consiste numa carapuça que serve em todas as cabeças. Se faz frio, a culpa é do capitalismo. Se faz calor a culpa é do capitalismo.
Até hoje em dia se a gente espirra, a culpa é do capitalismo.
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