O Dr. Mário Soares diz que é uma espécie de «viragem psicológica profunda»
Notícia Público:
A administração Obama deverá anunciar esta semana o regresso dos tribunais militares de excepção para julgar alguns presos de Guantánamo, introduzindo algumas melhorias nos direitos de defesa dos arguidos, noticia a AFP.
Os cinco acusados pelos atentados de 11 de Setembro de 2001, entre os quais Khalid Cheikh Mohammed, o autoproclamado planeador dos ataques, estão entre os casos que deverão ser julgados de acordo com as alterações nas regras destes tribunais que a Casa Branca vai pedir ao Congresso.
A impossibilidade de usar confissões obtidas sob tortura, a limitação do recurso a testemunhos não confirmados e a possibilidade de os réus poderem escolher o seu próprio advogado são as mudanças que deverão ser introduzidas no funcionamento destes tribunais, segundo disseram sob anonimato várias fontes governamentais contactadas pela AFP.
O Presidente Obama vai “pedir ao Congresso para modificar as regras” e deverá anunciá-lo “esta semana”, disseram as mesmas fontes.
Os tribunais especiais para julgar os detidos de Guantánamo são extremamente polémicos. Jon Jackson, o advogado militar de um dos acusados do 11 de Setembro, disse que a conservação destes tribunais, mesmo com novas regras, é uma escolha errada.
“É fácil para o Presidente manter as comissões militares, que já estão instaladas. O difícil é julgar estes homens num tribunal regular, seja um tribunal militar ou um tribunal federal”, afirmou Jackson à mesma agência.
As confissões de vários detidos de Guantánamo foram obtidas sob tortura, como aconteceu com Khalid Cheikh Mohammed, que foi submetido a 183 simulações de afogamento.
Para a Amnistia Internacional, a recuperação dos tribunais especiais “afectaria a imagem dos Estados Unidos e a ideia de que a administração Obama quer virar a página em relação às práticas do passado”, disse Tom Parker, daquela organização.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial