A ignorância de um primeiro-ministro seguida de desculpa esfarrapada
Na quarta-feira passada, o Eng. José Sócrates tirou da cartola um coelho apressado mas vistoso, daqueles que crescem em poucos dias por via intravenosa de hormonas: os «carros eléctricos». Portugal está, supostamente, salvo: vêm aí os carros eléctricos, com o patrocínio e o beneplácito da Reanult-Nissan (há sempre umas marcas eleitas pelo regime, que o servem quando recrutadas para tal).
Desgraçadamente, esta pífia solução de e para basbaques não esteve isenta da gaffe da ordem. As pressas e o show-off deram nisto: o Sr. Primeiro
afirmou que "se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental” (sic), seguida da não menos extraordinária ”o Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente" (sic).
Como bem lembrou a Quercus, hoje, a componente ambiental representa 60 por cento e não 70 por cento do cálculo do imposto e, actualmente, um veículo eléctrico está isento dos impostos. Um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação. O primeiro-ministro enganou-se em toda a linha (até no percentual).
Perante isto, fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro fez questão de revisitar o clássico «a emenda é pior que o soneto», desafiando o imperscrutável: afinal, o que o primeiro-ministro quis valorizar, e que só pessoas moralmente deformadas não souberam reparar, indo ao ponto de se fixar em minudências que só baralham o essencial, foi o facto de Portugal ter uma taxa de imposto automóvel "das mais favoráveis da Europa para promover veículos amigos do ambiente", ou seja, "quando se referiu aos 30 por cento de pagamento sobre a cilindrada do imposto automóvel [o primeiro-ministro] estava a referir-se ao caso de se aplicar o regime geral. Mesmo nesse caso, no regime geral, pagaria apenas 30 por cento".
Isto não roça o insulto. Isto é um opróbrio. Para além de Portugal ter uma taxa de imposto automóvel obscena – sobre a qual incide ilicitamente o IVA – a gaffe do Eng. Sócrates é insofismável. O que só confirma a minha tese: é mais verosímil ver o Carlos Abreu Amorim a abraçar o Paulo Portas do que esperar que este governo reconheça um erro e evite, en passant, insultar a inteligência alheia.
Desgraçadamente, esta pífia solução de e para basbaques não esteve isenta da gaffe da ordem. As pressas e o show-off deram nisto: o Sr. Primeiro
afirmou que "se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental” (sic), seguida da não menos extraordinária ”o Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente" (sic).
Como bem lembrou a Quercus, hoje, a componente ambiental representa 60 por cento e não 70 por cento do cálculo do imposto e, actualmente, um veículo eléctrico está isento dos impostos. Um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação. O primeiro-ministro enganou-se em toda a linha (até no percentual).
Perante isto, fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro fez questão de revisitar o clássico «a emenda é pior que o soneto», desafiando o imperscrutável: afinal, o que o primeiro-ministro quis valorizar, e que só pessoas moralmente deformadas não souberam reparar, indo ao ponto de se fixar em minudências que só baralham o essencial, foi o facto de Portugal ter uma taxa de imposto automóvel "das mais favoráveis da Europa para promover veículos amigos do ambiente", ou seja, "quando se referiu aos 30 por cento de pagamento sobre a cilindrada do imposto automóvel [o primeiro-ministro] estava a referir-se ao caso de se aplicar o regime geral. Mesmo nesse caso, no regime geral, pagaria apenas 30 por cento".
Isto não roça o insulto. Isto é um opróbrio. Para além de Portugal ter uma taxa de imposto automóvel obscena – sobre a qual incide ilicitamente o IVA – a gaffe do Eng. Sócrates é insofismável. O que só confirma a minha tese: é mais verosímil ver o Carlos Abreu Amorim a abraçar o Paulo Portas do que esperar que este governo reconheça um erro e evite, en passant, insultar a inteligência alheia.
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