A 20 de Setembro deste ano, enviou-me uma pequena missiva:
A Terra Prometida
Ao ler os textos de “Compreender Israel I e II” vem em conta com o pensamento de cada vez mais pessoas “civilizadas” (entende-se por: educadas, com uma noção histórica de mais de 32 anos, com conhecimentos de geografia e de geopolítica, origem das religiões monoteístas e acima de tudo BOM SENSO). É lógico que este tipo de padrão não é comum em Portugal, bem pelo contrário, mas ainda assim é possível ver que de uma forma pedagógica e educada, alguns “cidadãos” (entende-se por: pessoas civilizadas) dão um pouco do seu tempo a explicar as razões de ser de um povo, e a legitimidade de um país que sempre existiu na alma de um povo.
António Braga de Carvalho
P.S. – Já ouvi falar de si pela Anabela, um dia destes terei o prazer de o conhecer.
Nessa altura, ainda não nos tínhamos conhecido pessoalmente. Infelizmente, acrescento eu. Porque, (só) há cerca de um mês, conheci o António e percebi, ao fim de poucos minutos, que estava na presença de uma pessoa de qualidade superlativa. O António era daquelas pessoas cuja força e alegria de viver eram contagiantes. Ao pé dele, ninguém podia ou conseguia estar triste. Tinha um daqueles olhares transparentes e sinceros, que desarmava formalismos e opacidades defensivas. Era fácil ser amigo do António porque, do António, o sentido de amizade era
second skin.
Há uma semana, o António morreu. Num acidente estúpido e, até à data, inexplicável. Deixo aqui este pequeno apontamento. Para a memória.