Já agora Um Porquinho Chamado Baby (aviso que estou irritado)
Baby por Hotel ou Baby por Babe, venha o diabo e escolha. O biltre confessa, em registo sobejamente conhecido (tão louquinho, não é?), que não gostou do Lost In Translation. Ou, eufemisticamente (desculpem, a palavra não existe), não lhe terá «enchido as medidas» (medidas que se adaptam diariamente a receber, por exemplo, três tacinhas de arroz-doce ao piqueno-almoço). Pelos vistos, o Million Dollar Baby (ou Hotel, ou Babe ou o raio que o parta) também não. Diz que há por ali “três ou quatro cenas emocionalmente loja dos trezentos”(sic). Grave. Quais, não diz. Em compensação, mostra-se na disposição de se «vender» a um filme onde, ao menos, se “gastou muito dinheiro”(sic).
Coerente. O que é uma loja dos trezentos ao pé da Hermès-Chiado? Ou da Ralph Lauren na New Bond Street? O que é a lágrima cabotina e piegas de Hilary Swank quando Clint lhe diz “sangue do meu sangue”, quando comparada com três ou quatro esgares do maluquinho do Hughes interpretado por esse portento chamado Di Caprio? Nada. Sim, o que são aquelas vidas gastas, aqueles sacos usados (humanos e não só), aquele ginásio seboso e decrépito ao pé de um «espe-cta-cu-lar!» (à lá Nuno Fernandes Thomaz) acidente de aviação a rasgar paredes? Nada. O que são aquelas representações contidas, irremediavelmente humanas e caras-de-pau, junto ao glamour ofuscante e larger than life das personagens de The Aviator? O que é aquela cara sulcada e sofrida de Eastwood ao lado da cara rabinho-de-bébé de Di Caprio? Uma ninharia.
"Está bem abelha"? Está bem, abelha. Digo-te: comparar o filme de Eastwood (que é uma obra-prima, sim, e com isso não melindramos um milímetro que seja os Perfect Worlds do nosso contentamento) ao The Aviator, é o mesmo que comparar a elegância, a classe e a discrição do smoking de Clint (provavelmente já usado) à farpela brand new que o Johnny Depp envergava ontem à noite (trezentas e noventa e duas vezes mais cara e mil e quinhentas vezes mais in). Acresce que, como diria o Anacleto Louçã (também tenho direito à minha demagogiazinha, se faz favor), tu não sabes o que é o «sorriso de uma criança». Ó pedantezinho! (não há maneira, não).
Coerente. O que é uma loja dos trezentos ao pé da Hermès-Chiado? Ou da Ralph Lauren na New Bond Street? O que é a lágrima cabotina e piegas de Hilary Swank quando Clint lhe diz “sangue do meu sangue”, quando comparada com três ou quatro esgares do maluquinho do Hughes interpretado por esse portento chamado Di Caprio? Nada. Sim, o que são aquelas vidas gastas, aqueles sacos usados (humanos e não só), aquele ginásio seboso e decrépito ao pé de um «espe-cta-cu-lar!» (à lá Nuno Fernandes Thomaz) acidente de aviação a rasgar paredes? Nada. O que são aquelas representações contidas, irremediavelmente humanas e caras-de-pau, junto ao glamour ofuscante e larger than life das personagens de The Aviator? O que é aquela cara sulcada e sofrida de Eastwood ao lado da cara rabinho-de-bébé de Di Caprio? Uma ninharia.
"Está bem abelha"? Está bem, abelha. Digo-te: comparar o filme de Eastwood (que é uma obra-prima, sim, e com isso não melindramos um milímetro que seja os Perfect Worlds do nosso contentamento) ao The Aviator, é o mesmo que comparar a elegância, a classe e a discrição do smoking de Clint (provavelmente já usado) à farpela brand new que o Johnny Depp envergava ontem à noite (trezentas e noventa e duas vezes mais cara e mil e quinhentas vezes mais in). Acresce que, como diria o Anacleto Louçã (também tenho direito à minha demagogiazinha, se faz favor), tu não sabes o que é o «sorriso de uma criança». Ó pedantezinho! (não há maneira, não).
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial