Hip hip, hooray!
Ontem assisti a um momento único na têvê. Único de tão bizarro. O pobre do Sérgio Figueiredo tentava explicar essa coisa chata da escassez de recursos e meios, e também o facto de Portugal ter abraçado um modelo social e económico liberal, à imagem do Europeu, quando foi abruptamente interrompido pela Sra. Dona Odete Santos, mais o seu ar de actriz Brechtiana, para dizer uma coisa extraordinária: (parafraseando) “esse pensamento é muito fechadinho porque já um economista capitalista chamado Keynes nos ensinava que as pessoas têm é que ganhar mais porque se não ganharem mais não há dinheiro e a procura interna e a produção vêm por aí abaixo e morremos todos e tal” (da falta de inflação, certamente). Ainda não refeito do susto, eis que o publico aplaude, em apoteose, a intervenção da Sra. Dona Odete. E o Sérgio encolheu os ombros, como que a dizer “não vale a pena, pois não?”.
Faço, por isso, daqui um apelo ao Sr. Eng. Sócrates e aos empresários deste país. Ao Eng. Sócrates peço-lhe o favor de aumentar o salário mínimo para, sei lá, 1.000 euros. Que trate também da imediata convergência das pensões (vá lá, imediata não... daqui a seis mesinhos para não ser tudo a correr). Aos empresários deste país, apelo para que aumentem os salários, já em 2006, cerca de (um momento, por favor, enquanto faço as contas sob a doutrina Odete)… 50%. Mais coisa, menos coisa, deixemo-nos de picuinhices. Mas, atenção!: a excepção vai direitinha para os cargos de direcção e de administração. Essa canalha passará a ganhar metade do que aufere agora. E pronto. É só esperar para ver a procura a subir, o tecido empresarial a crescer, a produção a disparar, e, convenhamos, um tirozinho na fonte também pode, eventualmente, vir a ser disparado.
Faço, por isso, daqui um apelo ao Sr. Eng. Sócrates e aos empresários deste país. Ao Eng. Sócrates peço-lhe o favor de aumentar o salário mínimo para, sei lá, 1.000 euros. Que trate também da imediata convergência das pensões (vá lá, imediata não... daqui a seis mesinhos para não ser tudo a correr). Aos empresários deste país, apelo para que aumentem os salários, já em 2006, cerca de (um momento, por favor, enquanto faço as contas sob a doutrina Odete)… 50%. Mais coisa, menos coisa, deixemo-nos de picuinhices. Mas, atenção!: a excepção vai direitinha para os cargos de direcção e de administração. Essa canalha passará a ganhar metade do que aufere agora. E pronto. É só esperar para ver a procura a subir, o tecido empresarial a crescer, a produção a disparar, e, convenhamos, um tirozinho na fonte também pode, eventualmente, vir a ser disparado.
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