Mainardi
Entrevista aqui (via Aviz). Excerto:
Semana 3: Você acha as políticas culturais do governo importantes? Eu queria que você até falasse um pouco dos teus filmes, de como foi juntar dinheiro e tudo mais...
Mainardi: Eu nunca aceitei dinheiro de leis de incentivo do Estado porque eu acho que o consumidor não é obrigado a financiar as minhas veleidades artísticas. Se eu tenho veleidades artísticas, problema meu. Se eu faço um filme que ninguém quer ver, problema meu. Se eu faço um filme que todo mundo quer ver, eu encho a botija de dinheiro (risos). É simples assim. Não deve haver política cultural, não deve haver ministro da cultura, não deve haver secretário da cultura, não tem que ter nada. Tem que ter gente que cuida do teatro municipal, que limpa tudo, que troca o revestimento das poltronas e toca pra frente. Se for pra não ter cultura, não vai ter cultura. O Estado corresponde por mais de 50% do mercado editorial brasileiro, das compras de livro. É uma inversão. Não existe isso. A gente lê menos, a gente não atribui importância à leitura, então paciência, fazer o quê? Não é o Estado que vai suprir isso. Eles não podem fazer o livro, a biblioteca e o leitor também.
Semana 3: Você acha as políticas culturais do governo importantes? Eu queria que você até falasse um pouco dos teus filmes, de como foi juntar dinheiro e tudo mais...
Mainardi: Eu nunca aceitei dinheiro de leis de incentivo do Estado porque eu acho que o consumidor não é obrigado a financiar as minhas veleidades artísticas. Se eu tenho veleidades artísticas, problema meu. Se eu faço um filme que ninguém quer ver, problema meu. Se eu faço um filme que todo mundo quer ver, eu encho a botija de dinheiro (risos). É simples assim. Não deve haver política cultural, não deve haver ministro da cultura, não deve haver secretário da cultura, não tem que ter nada. Tem que ter gente que cuida do teatro municipal, que limpa tudo, que troca o revestimento das poltronas e toca pra frente. Se for pra não ter cultura, não vai ter cultura. O Estado corresponde por mais de 50% do mercado editorial brasileiro, das compras de livro. É uma inversão. Não existe isso. A gente lê menos, a gente não atribui importância à leitura, então paciência, fazer o quê? Não é o Estado que vai suprir isso. Eles não podem fazer o livro, a biblioteca e o leitor também.
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