CORREIO
De R. Camilo recebi a seguinte missiva:
“Com o seu post sobre Marcelo Rebelo de Sousa, V.Exa. mostrou de vez que é mais papista que o papa. Ou seja, defende cegamente tudo que cheire vagamente a 'direita', não interessa quem seja ou o que pense. Basta que esteja mais à direita que o outro lado! Ainda vamos ver um post a defender as declarações de Rui Gomes da Silva...
Atentamente,
RC”
Camilo, leitor amigo, acalme-se: o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e o Dr. Gomes da Silva são livres de dizer o que quiserem. No que respeita às declarações de Gomes da Silva, considerei-as “desastradas e estapafúrdias” (quer o quê: que mate o homem?). Quanto à atitude de Marcelo Rebelo de Sousa, acho-a pouco ou nada inocente (partindo do pressuposto, mais do que provável, de que não houve censura). Lembre-se, leitor Camilo: Marcelo Rebelo de Sousa é Marcelo Rebelo de Sousa.
Se o objectivo de Gomes da Silva é o de se imiscuir, a título particular ou na qualidade de ministro, no exercício da liberdade de expressão de um comentador, ou no rumo editorial de uma estação de televisão privada, passarei a achar essa conduta inaceitável e patética. Se o objectivo de Gomes da Silva é o de chamar a atenção para alguma falta de pluralidade, e até de deslealdade, face ao modelo adoptado na TVI (comentário em registo de monólogo), não vejo mal ao mundo que assim seja, embora, repito, me pareçam declarações excessivas (não só porque se trata de um canal privado, mas também porque no tempo em que Marcelo era simpático para com o governo de Barroso ninguém se queixou de falta de pluralismo).
Por outro lado, não posso deixar de concordar com Marcelo na crítica que faz ao governo sobre a questão das «pontes», embora pense que as declarações da discórdia digam respeito a outra questão, na qual Marcelo afirma ”O ‘Expresso’ não diz que existe um acordo pré-eleitoral (...), mas sim que tinham uma combinação para juntarem os dois partidos numa coligação, independentemente do resultado das eleições. A informação foi desmentida pelo secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, e pelo líder do PP, Paulo Portas, mas quem ler a notícia com rigor só poderá chegar à conclusão que foi uma fonte “muito alta” do PSD a transmitir este tipo de informação” - declarações, aliás, típicas de um fazedor nato de factos políticos chamado Marcelo Rebelo de Sousa.
De resto, ninguém é intocável. Nem o Prof. Rebelo de Sousa. Nem o Dr. Gomes da Silva.
Estamos entendidos, estimado leitor?
“Com o seu post sobre Marcelo Rebelo de Sousa, V.Exa. mostrou de vez que é mais papista que o papa. Ou seja, defende cegamente tudo que cheire vagamente a 'direita', não interessa quem seja ou o que pense. Basta que esteja mais à direita que o outro lado! Ainda vamos ver um post a defender as declarações de Rui Gomes da Silva...
Atentamente,
RC”
Camilo, leitor amigo, acalme-se: o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e o Dr. Gomes da Silva são livres de dizer o que quiserem. No que respeita às declarações de Gomes da Silva, considerei-as “desastradas e estapafúrdias” (quer o quê: que mate o homem?). Quanto à atitude de Marcelo Rebelo de Sousa, acho-a pouco ou nada inocente (partindo do pressuposto, mais do que provável, de que não houve censura). Lembre-se, leitor Camilo: Marcelo Rebelo de Sousa é Marcelo Rebelo de Sousa.
Se o objectivo de Gomes da Silva é o de se imiscuir, a título particular ou na qualidade de ministro, no exercício da liberdade de expressão de um comentador, ou no rumo editorial de uma estação de televisão privada, passarei a achar essa conduta inaceitável e patética. Se o objectivo de Gomes da Silva é o de chamar a atenção para alguma falta de pluralidade, e até de deslealdade, face ao modelo adoptado na TVI (comentário em registo de monólogo), não vejo mal ao mundo que assim seja, embora, repito, me pareçam declarações excessivas (não só porque se trata de um canal privado, mas também porque no tempo em que Marcelo era simpático para com o governo de Barroso ninguém se queixou de falta de pluralismo).
Por outro lado, não posso deixar de concordar com Marcelo na crítica que faz ao governo sobre a questão das «pontes», embora pense que as declarações da discórdia digam respeito a outra questão, na qual Marcelo afirma ”O ‘Expresso’ não diz que existe um acordo pré-eleitoral (...), mas sim que tinham uma combinação para juntarem os dois partidos numa coligação, independentemente do resultado das eleições. A informação foi desmentida pelo secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, e pelo líder do PP, Paulo Portas, mas quem ler a notícia com rigor só poderá chegar à conclusão que foi uma fonte “muito alta” do PSD a transmitir este tipo de informação” - declarações, aliás, típicas de um fazedor nato de factos políticos chamado Marcelo Rebelo de Sousa.
De resto, ninguém é intocável. Nem o Prof. Rebelo de Sousa. Nem o Dr. Gomes da Silva.
Estamos entendidos, estimado leitor?
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