CALMA, MUITA CALMA
E pronto: Portugal vive mais um momento de comoção. A oposição (que, no caso do governo de Santana, é todo o espectro político), já vislumbrou um encadeamento de acontecimentos que provam, à saciedade, tratar-se de um ímpio caso de censura. Ou seja, ainda ninguém sabe ao certo o que se terá passado, mas o bom e velho swing dos aproveitamentos políticos, das indignações e desmaios e das virgens ofendidas, não se fez esperar.
Se formos minimamente objectivos (e eu não estou a pedir muito), depressa chegaremos à conclusão de que a tese da “censura” é a menos verosímil. Não digo que seja impossível, mas é, seguramente, a menos provável. Ninguém está a imaginar o Dr. Paes do Amaral, presidente de um grupo privado, a ceder a eventuais pressões de membros do governo no sentido de despedir o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa da cadeira de comentador. Seria o cúmulo da insensatez de uns e de outros. Nem sequer estou a ver o Prof. Marcelo a sucumbir a pressões directas de colegas seus de partido.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa não é propriamente um santinho. Sabe o que diz e sabe o que faz. Estamos a falar de um político experiente, habituado a dar e a receber pontapés bem mais certeiros. Ao longo de mais de quatro anos no posto de comentador político (que a oposição agora venera e antes detestava), Marcelo Rebelo de Sousa ter-se-á habituado aos mais diversos epítetos - embora, provavelmente, não tão desastrados e estapafúrdios como os agora proferidos por essa enigmática figura que dá pelo nome de Rui Gomes da Silva (que se esqueceu que Santana Lopes andou na SIC a fazer o mesmo tipo de comentários sem pingo de «contraditório»). Ou seja, podemos estar na presença de um excesso de arrebatamento afectivo por parte de Marcelo Rebelo de Sousa. Resta saber com que objectivos.
As únicas pessoas que poderão desvendar o mistério chamam-se Paes do Amaral e Marcelo Rebelo de Sousa. O primeiro já disse que a ideia de “censura” é ridícula (e eu estou tentado a concordar). O segundo vai ter de falar, mais tarde ou mais cedo, para sossegar o povo numa altura em que perde a sua homilia dominical (momento televisivo, aliás, único no mundo).
Quer-me parecer que se trata de mais um intricado caso, tipicamente português, de much ado about nothing. Ou seja, o Prof. Marcelo terá ficado leve, mediana ou fortemente ofendido, aproveitando a situação para tirar umas férias, atingindo, en passant, o seu «amigo» Santana e criando espaço para novas lutas de poleiro no seio do PSD. Vai uma aposta?
Se formos minimamente objectivos (e eu não estou a pedir muito), depressa chegaremos à conclusão de que a tese da “censura” é a menos verosímil. Não digo que seja impossível, mas é, seguramente, a menos provável. Ninguém está a imaginar o Dr. Paes do Amaral, presidente de um grupo privado, a ceder a eventuais pressões de membros do governo no sentido de despedir o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa da cadeira de comentador. Seria o cúmulo da insensatez de uns e de outros. Nem sequer estou a ver o Prof. Marcelo a sucumbir a pressões directas de colegas seus de partido.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa não é propriamente um santinho. Sabe o que diz e sabe o que faz. Estamos a falar de um político experiente, habituado a dar e a receber pontapés bem mais certeiros. Ao longo de mais de quatro anos no posto de comentador político (que a oposição agora venera e antes detestava), Marcelo Rebelo de Sousa ter-se-á habituado aos mais diversos epítetos - embora, provavelmente, não tão desastrados e estapafúrdios como os agora proferidos por essa enigmática figura que dá pelo nome de Rui Gomes da Silva (que se esqueceu que Santana Lopes andou na SIC a fazer o mesmo tipo de comentários sem pingo de «contraditório»). Ou seja, podemos estar na presença de um excesso de arrebatamento afectivo por parte de Marcelo Rebelo de Sousa. Resta saber com que objectivos.
As únicas pessoas que poderão desvendar o mistério chamam-se Paes do Amaral e Marcelo Rebelo de Sousa. O primeiro já disse que a ideia de “censura” é ridícula (e eu estou tentado a concordar). O segundo vai ter de falar, mais tarde ou mais cedo, para sossegar o povo numa altura em que perde a sua homilia dominical (momento televisivo, aliás, único no mundo).
Quer-me parecer que se trata de mais um intricado caso, tipicamente português, de much ado about nothing. Ou seja, o Prof. Marcelo terá ficado leve, mediana ou fortemente ofendido, aproveitando a situação para tirar umas férias, atingindo, en passant, o seu «amigo» Santana e criando espaço para novas lutas de poleiro no seio do PSD. Vai uma aposta?
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial