CORREIO 1: AINDA JARDIM
Sobre o Alberto João da Madeira, uma missiva de Paulo Xardoné (em simultâneo para o Desesperada Esperança):
Sobre as vossas reflexões sobre o fenómeno Alberto João, há uma vertente que não é abordada por nenhum de vós e que precisa de ser sublinhada : o desenvolvimento que a Madeira tem tido, nos últimos 30 anos, sob os sucessivos governos Alberto João.
Por razões familiares, passei férias duas / três vezes por ano na Madeira, desde 1968 até aos dias de hoje.
A Madeira atrasada, rural, pobre, inacessível, que existia nessa altura, contrasta de uma forma impressionante com a Madeira de hoje. Aliás, basta ver que recentemente a Madeira como região atingiu os 75% da média europeia, em termos de rendimentos. Os madeirenses sabem que Alberto João contribuíu decisivamente para esse progresso e expressam o seu agradecimento em sucessivas vitórias eleitorais.
Visitei São Miguel há seis anos, e a primeira impressão que tive quando percorri Ponta Delgada foi que estava de volta ao Funchal .... de 1970. Isso diz alguma coisa sobre a impressionante capacidade que Alberto João teve (e, eventualmente, sobre a incapacidade de Mota Amaral e Carlos César).
Claro está que este progresso incontestável não apaga todos os defeitos que o personagem tem, mas há que sublinhar que estamos perante alguém com uma capacidade de realização notável e com muita obra feita.
Cumprimentos,
Paulo Xardoné
O bom povo pode, a espaços, ser estúpido, mas não é, no longo prazo, parvo. Em democracias plenas, os governantes não são reeleitos por truques de magia, manipulações dos media ou pelo populismo larvar ou descarado dos seus discursos – mesmo que disso sejam acusados. Os eleitores elegem quem os beneficia, quem os trata bem, quem faz e demonstra obra feita, quem condiciona pela positiva o seu quotidiano, ao longo de anos e não apenas de meses. Os eleitores estão-se nas tintas para a falta de «sofisticação» e «maneiras», para os «défices democráticos», para a acidental boçalidade ou a eventual arrogância, desde que vejam as suas vidas melhoradas e a sua terra desenvolvida. Tivesse Alberto João Jardim sido um governante medíocre, um presidente corrupto, obcecado unicamente em alimentar a sua restrita galeria de séquitos, e estaria agora a «chuchar no dedo». É claro que os seus mais fervorosos críticos continuam a achar que Jardim é reeleito porque restringe a liberdade de expressão, porque apela ao ódio contra o contenente, porque ensaia uma virginal pose de patriarca ferido e sofredor, na defesa dos interesses do bom povo da Madeira, e porque o governo central insiste em alimentar pecuniariamente toda a farsa. A esses, é óbvio que ainda lhes falta compreender o que é isto da democracia e de que forma o povo a observa e racionaliza.
Sobre as vossas reflexões sobre o fenómeno Alberto João, há uma vertente que não é abordada por nenhum de vós e que precisa de ser sublinhada : o desenvolvimento que a Madeira tem tido, nos últimos 30 anos, sob os sucessivos governos Alberto João.
Por razões familiares, passei férias duas / três vezes por ano na Madeira, desde 1968 até aos dias de hoje.
A Madeira atrasada, rural, pobre, inacessível, que existia nessa altura, contrasta de uma forma impressionante com a Madeira de hoje. Aliás, basta ver que recentemente a Madeira como região atingiu os 75% da média europeia, em termos de rendimentos. Os madeirenses sabem que Alberto João contribuíu decisivamente para esse progresso e expressam o seu agradecimento em sucessivas vitórias eleitorais.
Visitei São Miguel há seis anos, e a primeira impressão que tive quando percorri Ponta Delgada foi que estava de volta ao Funchal .... de 1970. Isso diz alguma coisa sobre a impressionante capacidade que Alberto João teve (e, eventualmente, sobre a incapacidade de Mota Amaral e Carlos César).
Claro está que este progresso incontestável não apaga todos os defeitos que o personagem tem, mas há que sublinhar que estamos perante alguém com uma capacidade de realização notável e com muita obra feita.
Cumprimentos,
Paulo Xardoné
O bom povo pode, a espaços, ser estúpido, mas não é, no longo prazo, parvo. Em democracias plenas, os governantes não são reeleitos por truques de magia, manipulações dos media ou pelo populismo larvar ou descarado dos seus discursos – mesmo que disso sejam acusados. Os eleitores elegem quem os beneficia, quem os trata bem, quem faz e demonstra obra feita, quem condiciona pela positiva o seu quotidiano, ao longo de anos e não apenas de meses. Os eleitores estão-se nas tintas para a falta de «sofisticação» e «maneiras», para os «défices democráticos», para a acidental boçalidade ou a eventual arrogância, desde que vejam as suas vidas melhoradas e a sua terra desenvolvida. Tivesse Alberto João Jardim sido um governante medíocre, um presidente corrupto, obcecado unicamente em alimentar a sua restrita galeria de séquitos, e estaria agora a «chuchar no dedo». É claro que os seus mais fervorosos críticos continuam a achar que Jardim é reeleito porque restringe a liberdade de expressão, porque apela ao ódio contra o contenente, porque ensaia uma virginal pose de patriarca ferido e sofredor, na defesa dos interesses do bom povo da Madeira, e porque o governo central insiste em alimentar pecuniariamente toda a farsa. A esses, é óbvio que ainda lhes falta compreender o que é isto da democracia e de que forma o povo a observa e racionaliza.
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