O MacGuffin

quinta-feira, abril 22, 2004

TODO O CUIDADO É POUCO
Agora que foi constituída uma autêntica brigada dos bons costumes, aplicada à escrita, todo o cuidado é pouco na hora de escrever um simples vocábulo. Há mais de um dia que ando para escrever qualquer coisita minimamente interessante (coisa difícil, hoje em dia) mas hesito perante a perspectiva de seis olhinhos (2 + 2 + 2) a dissecar, letra a letra, qual espada de Dâmocles, os textos deste iletrado que, do Alentejo profundo, vos escreve (lá está: “perspectiva” e “dissecar”...). O estilo é, verdade seja dita, bem melhor que o dos marretas do "Disse...?", no extinto Acontece. Ainda assim, não sei o que faça. Estou seriamente (“seriamente” também não está bem, pois não?) a pensar desistir do blogue, para me dedicar à pesca. Sim, que o Alentejo também tem mar. Seja como for, arrisco o salto, não sem antes rezar para que as críticas não sejam severas. Prometo ser breve.

Há três dias que o habitáculo do meu carro faz as delicias do cinéfilo que há dentro de mim. Escuto, em declarado arrebatamento de sentidos, as composições de Herrmann para os filmes de Hitchy, nomeadamente a saber: The Man Who New Too Much, The Trouble With Harry, Vertigo, North By Northwest, Psycho e Marnie. Eis a pergunta: tirando a wonder-team Michael Powell/Emeric Pressburger, alguém consegue encontrar, na história do cinema, uma associação de cabeças mais profícua ("profícua"?) e genial que a de Hitchcock, John Michael Hayes (ou Lehman) e Herrmann?


0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Powered by Blogger Licença Creative Commons
Esta obra está licenciado sob uma Licença Creative Commons.