UMA REPORTAGEM NA PALESTINA
O excelente Henrique Cymerman enviou reportagem da Palestina. Na dita, surge a figura de um psicólogo palestiniano que diz qualquer coisa como: “uma percentagem assinalável de crianças palestinianas afirma que o seu maior sonho, quando forem crescidas, é serem bombistas suicidas.” O psicólogo não o disse, mas a conclusão está subjacente: a culpa é dos israelitas. É a opressão israelita que fomenta isso. É o Sr. Sharon que coloca nos seus horizontes essa «nobre» causa. A maioria dos que assistiram à reportagem, terão pensado: “Estes israelitas são os cabr***. Coitadas das crianças.” Não se lhes terá ocorrido, perante tão dramática cantilena, o seguinte: as crianças são sobretudo influenciadas por aqueles que as rodeiam. Terão certamente esquecido que muitos adultos palestinianos fazem questão de as envolver na «causa». Que há mesmo quem as organize para servirem de escudo na linha da frente (e existem reportagens a prová-lo à saciedade). Que há quem lhes ensine, desde tenra idade, a manejar armas de todo o tipo com o intuito de matar os tipos do lado de lá. Assim sendo, terão negligenciado o efeito da educação e orientação transmitida pelos pais, tios, avós ou primos palestinianos.
Perante a reportagem, uma boa pergunta a colocar seria: pensarão esses pais e familiares, por um minuto que seja, em inverter essa «cultura»? Dir-me-ão que não, porque, do lado de lá, os israelitas não os deixam. E eu digo: bullshit!! Isso não justifica nem explica tudo.
Sei que os palestinianos amam as suas crianças como qualquer outro povo ao cimo deste maldito planeta. Crianças, aliás, a quem não se lhes pode atribuir a mais leve culpa de um conflito que ultrapassou, em muito, o limite do racional. Mas sei, também, que os adultos têm a obrigação e a responsabilidade de responder pelos seus rebentos. No caso dos pais e familiares palestinianos, terão de lhes ser assacadas responsabilidades directas na forma como gerem, na mente dos seus filhos, o conflito que se lhes depara diariamente. Têm, por isso, a obrigação de observar certas premissas de ordem moral e ética, no que respeita ao grau de envolvimento a que devem sujeitar as crianças, face a um conflito psicologicamente arrasador. Não podemos, por isso, quer do lado dos israelitas, quer do lado dos palestinianos, esquecer que existe uma obrigação moral e uma responsabilidade directa, por parte dos adultos, em inverter, na mente das suas crianças, uma lógica de vingança pela morte. Ao fim ao cabo, uma "cultura da morte". Ou será que estou enganado quando digo que, a par dos “maus israelitas”, a culpa da situação, no que respeita ao observado pelo psicólogo palestiniano (e a ser verdade), vai em boa medida para a mentalidade e modus operandi dos palestinianos adultos?
O excelente Henrique Cymerman enviou reportagem da Palestina. Na dita, surge a figura de um psicólogo palestiniano que diz qualquer coisa como: “uma percentagem assinalável de crianças palestinianas afirma que o seu maior sonho, quando forem crescidas, é serem bombistas suicidas.” O psicólogo não o disse, mas a conclusão está subjacente: a culpa é dos israelitas. É a opressão israelita que fomenta isso. É o Sr. Sharon que coloca nos seus horizontes essa «nobre» causa. A maioria dos que assistiram à reportagem, terão pensado: “Estes israelitas são os cabr***. Coitadas das crianças.” Não se lhes terá ocorrido, perante tão dramática cantilena, o seguinte: as crianças são sobretudo influenciadas por aqueles que as rodeiam. Terão certamente esquecido que muitos adultos palestinianos fazem questão de as envolver na «causa». Que há mesmo quem as organize para servirem de escudo na linha da frente (e existem reportagens a prová-lo à saciedade). Que há quem lhes ensine, desde tenra idade, a manejar armas de todo o tipo com o intuito de matar os tipos do lado de lá. Assim sendo, terão negligenciado o efeito da educação e orientação transmitida pelos pais, tios, avós ou primos palestinianos.
Perante a reportagem, uma boa pergunta a colocar seria: pensarão esses pais e familiares, por um minuto que seja, em inverter essa «cultura»? Dir-me-ão que não, porque, do lado de lá, os israelitas não os deixam. E eu digo: bullshit!! Isso não justifica nem explica tudo.
Sei que os palestinianos amam as suas crianças como qualquer outro povo ao cimo deste maldito planeta. Crianças, aliás, a quem não se lhes pode atribuir a mais leve culpa de um conflito que ultrapassou, em muito, o limite do racional. Mas sei, também, que os adultos têm a obrigação e a responsabilidade de responder pelos seus rebentos. No caso dos pais e familiares palestinianos, terão de lhes ser assacadas responsabilidades directas na forma como gerem, na mente dos seus filhos, o conflito que se lhes depara diariamente. Têm, por isso, a obrigação de observar certas premissas de ordem moral e ética, no que respeita ao grau de envolvimento a que devem sujeitar as crianças, face a um conflito psicologicamente arrasador. Não podemos, por isso, quer do lado dos israelitas, quer do lado dos palestinianos, esquecer que existe uma obrigação moral e uma responsabilidade directa, por parte dos adultos, em inverter, na mente das suas crianças, uma lógica de vingança pela morte. Ao fim ao cabo, uma "cultura da morte". Ou será que estou enganado quando digo que, a par dos “maus israelitas”, a culpa da situação, no que respeita ao observado pelo psicólogo palestiniano (e a ser verdade), vai em boa medida para a mentalidade e modus operandi dos palestinianos adultos?
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