AS PRAXES
Pacheco Pereira, no seu habitual e sábio comentário no Jornal da Noite de domingo (SIC), tocou num ponto importante em relação às praxes académicas. Não é só a natureza imbecil e, muitas vezes, doentia dos que praticam as praxes que importa denunciar. É também a forma apática e estranhamente conformista como os caloiros se deixam violentar sem o mínimo protesto ou a mais leve contestação. Aflige-me verificar como jovens de dezoito anos - ou seja, jovens que, supostamente, já têm alguma noção dos seus direitos e capacidade para fazer escolhas (por exemplo, políticas) – não sabem dizer “Não!”. Eu, que não fui nem mais nem menos que os meus colegas no tempo em que frequentei a universidade, recusei ser figurino desse circo. Tive a consciência de que poderia escolher entre ser ou não ser humilhado ou maltratado. Por isso, ninguém me tocou.
Apetecia-me recorrer a Nelson Rodrigues para dissertar sobre estes «jovens» de agora. Mas não o faço. Digo apenas isto: não é só a bestialidade e a boçalidade dos pseudo-doutores praxistas que está aqui em causa. É também a total imaturidade, a latente letargia e a falta de sentido crítico que caracterizam, hoje em dia, os jovens acabados de entrar na maioridade. No fundo, muitos deles acabarão iguais aos «engraçadinhos» que agora praxam. Infelizmente, parece ser tudo farinha do mesmo saco.
Pacheco Pereira, no seu habitual e sábio comentário no Jornal da Noite de domingo (SIC), tocou num ponto importante em relação às praxes académicas. Não é só a natureza imbecil e, muitas vezes, doentia dos que praticam as praxes que importa denunciar. É também a forma apática e estranhamente conformista como os caloiros se deixam violentar sem o mínimo protesto ou a mais leve contestação. Aflige-me verificar como jovens de dezoito anos - ou seja, jovens que, supostamente, já têm alguma noção dos seus direitos e capacidade para fazer escolhas (por exemplo, políticas) – não sabem dizer “Não!”. Eu, que não fui nem mais nem menos que os meus colegas no tempo em que frequentei a universidade, recusei ser figurino desse circo. Tive a consciência de que poderia escolher entre ser ou não ser humilhado ou maltratado. Por isso, ninguém me tocou.
Apetecia-me recorrer a Nelson Rodrigues para dissertar sobre estes «jovens» de agora. Mas não o faço. Digo apenas isto: não é só a bestialidade e a boçalidade dos pseudo-doutores praxistas que está aqui em causa. É também a total imaturidade, a latente letargia e a falta de sentido crítico que caracterizam, hoje em dia, os jovens acabados de entrar na maioridade. No fundo, muitos deles acabarão iguais aos «engraçadinhos» que agora praxam. Infelizmente, parece ser tudo farinha do mesmo saco.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial