O MacGuffin

quarta-feira, agosto 27, 2003

A QUESTÃO “FINO”
Escreve o leitor André Bonito:
”Em matéria de Imprensa [Pacheco Pereira] ferra o bico, sem escolher a carne.
Ele sabe, porque também vive da Imprensa/Rádio, que as coisas não são como afirma. E deixa de fora o cerne da questão. Serão os jornalistas, redactores, repórteres, fotógrafos, cameramen, cartoonistas, paginadores, os poderosos que decidem a linha editorial de um jornal/rádio/canal? A RTP é uma estação de televisão underground? Em autogestão? Claro que não. A escolha do pessoal tem de ter um critério.
Nos EUA, para falar sempre do mesmo, a Tina Brown, quando dirigiu a The New Yorker, foi buscar o Sy Hersh a peso de ouro, sabendo que ele é um jornalista (freelancer) com pontos de vista muito radicais, que a Condé Nast Inc. não subscreve. Mas o patrão da Condé Nast aceitou o plano da Tina, que era o de sacar leitores da Esquire , Rolling Stone, gajos e gajas de sectores liberais mais radicais que, no entretanto, tinham inflectido no sentido reformista (baby boomers) e estavam em processo de se tornarem cidadãos com apreciável peso simbólico e financeiro, na sociedade americana. E a The New Yorker aligeirou o low profile para os atrair. Por exemplo: os jovens craques informáticos, ou artistas que recusavam ser outsiders e começavam a estabelecer parcerias com o "establishment". Claro que essa gente ainda não estava nem nunca estará preparada para ler o Kristoll. Mas uma revista, um jornal ou uma estação de TV, são produtos e são negócio. E devem ter uma identificação clara para que o consumidor não pape gato por lebre.”

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

Powered by Blogger Licença Creative Commons
Esta obra está licenciado sob uma Licença Creative Commons.