O MacGuffin

quinta-feira, julho 10, 2003

PAUL JOHNSON

De cada vez que pego num livro de Paul Johnson (e, acreditem, faço-a com uma regularidade quase diária), sinto que sou pequenino. Ignorante. Uma besta. Por segundos, chego mesmo a embrutecer. E, depois, fico embevecido a lê-lo, horas a fio.

A simplicidade e elegância da sua escrita são absolutamente magnéticas. A sua erudição é de tal forma avassaladora que me atrevo a dizer que Johnson é, ele próprio, uma enciclopédia ambulante viva. Acrescente-se, ainda, este facto insofismável: a suprema qualidade literária da História deste historiador/jornalista/jardineiro. Em Johnson a História é, sobretudo, gente. Pessoas, de carne e osso. Contraditórias, falíveis, épicas, medíocres. Por último, Paul Johnson ensina-nos que a História foi, é e continuará a ser atravessada por uma dose de imponderabilidade à qual não podemos virar a cara.

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