MODA
Este fim-de-semana realiza-se, em Évora, mais uma edição do “Évora Moda”, com a presença do Sr. Carlos Castro e sus muchachas, onde pontua a inenarrável Wanda Stuart (Meu Deus: como eu adoraria ver o Kevin Klein a trucidá-la!). A organização – a cargo da Câmara Municipal de Évora e da Delegação do Alentejo das Mulheres Empresárias - anuncia, num misto de orgulho e emoção, a presença de “criadores consagrados”. Vai haver um espectáculo subordinado ao tema “O Romantismo de Moda”. Vão ser cortadas artérias no centro histórico de Évora. E por aí fora. Confesso que fico um pouco intrigado com o mundo da moda e custa-me entender o histerismo em torno deste tipo de «organizações». A importância atribuída à moda chegou ao ponto de se lhe atribuir uma dimensão e um estatuto paralelo a um qualquer evento cultural. Políticos há que incluem no seu role de ‘achievments’ eventos desta natureza. Em Évora, por exemplo, o facto é visto por políticos e por gente próxima do executivo camarário como um sinal de “mudança”, “dinamização” e “desenvolvimento”. Escrevi que não percebia o fenómeno? Mentira. Entendo-o na perfeição. Os tempos, e o estado actual da denominada cultura popular, estão de feição para o ‘mundo da moda’. É o velho paradigma do Wharol aliado a um hiper-hedonismo e à consagração da vaidade humana. No fundo, o mundo da moda, e a adesão popular ao mesmo, é mais uma das faces visíveis da decadência do pós-pós-pós-modernismo, na aurora de um novo milénio - marcado pelo transitório, pelo acessório e pelo fogo fátuo das lantejoulas.
Este fim-de-semana realiza-se, em Évora, mais uma edição do “Évora Moda”, com a presença do Sr. Carlos Castro e sus muchachas, onde pontua a inenarrável Wanda Stuart (Meu Deus: como eu adoraria ver o Kevin Klein a trucidá-la!). A organização – a cargo da Câmara Municipal de Évora e da Delegação do Alentejo das Mulheres Empresárias - anuncia, num misto de orgulho e emoção, a presença de “criadores consagrados”. Vai haver um espectáculo subordinado ao tema “O Romantismo de Moda”. Vão ser cortadas artérias no centro histórico de Évora. E por aí fora. Confesso que fico um pouco intrigado com o mundo da moda e custa-me entender o histerismo em torno deste tipo de «organizações». A importância atribuída à moda chegou ao ponto de se lhe atribuir uma dimensão e um estatuto paralelo a um qualquer evento cultural. Políticos há que incluem no seu role de ‘achievments’ eventos desta natureza. Em Évora, por exemplo, o facto é visto por políticos e por gente próxima do executivo camarário como um sinal de “mudança”, “dinamização” e “desenvolvimento”. Escrevi que não percebia o fenómeno? Mentira. Entendo-o na perfeição. Os tempos, e o estado actual da denominada cultura popular, estão de feição para o ‘mundo da moda’. É o velho paradigma do Wharol aliado a um hiper-hedonismo e à consagração da vaidade humana. No fundo, o mundo da moda, e a adesão popular ao mesmo, é mais uma das faces visíveis da decadência do pós-pós-pós-modernismo, na aurora de um novo milénio - marcado pelo transitório, pelo acessório e pelo fogo fátuo das lantejoulas.
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