ESQUERDA, DIREITA. SO WHAT?
O Pedro Mexia cometeu o atrevimento de afirmar o óbvio ululante: que a TSF, não sendo formal, militante ou assumidamente de esquerda, é marcada por um informal, intermitente e, provavelmente, não deliberado pendor esquerdista. Até o Winnie The Pooh percebe o que Pedro Mexia quis dizer. Não quis, obviamente, criticar essa postura ou esse descomprometido alinhamento – o qual, é bom que se diga, apesar de notório, não envergonha ninguém.
A questão suscitada por Pedro Mexia, e a forma como Carlos Vaz Marques respondeu, acorda um velho dilema: deverão os jornais, revistas ou rádios assumir, descomplexadamente, o seu posicionamento ideológico, como, aliás, é prática na generalidade dos países ocidentais onde a tradição democrática e a postura crítica e pró-activa da denominada sociedade civil, fazem a diferença (pela positiva)?
Da mesma forma que aceito que me digam que existem medias não facilmente catalogáveis - por regra tendencialmente neutros, porque mais pluralistas nos editorais e no leque de «opinion makers» (o jornal Público, no meu entender, é um desses casos) -, não vislumbro qualquer tipo de problema em se assumir o que, em bom rigor, salta à vista. Considero, até, essa assunção como positiva e reveladora de honestidade. É preferível saber ao que vamos. É mais «perigosa» a existência de uma «paz podre» e de uma tentativa de fazer vender um ideal de neutralidade que, na realidade, não existe. Prefiro um jornal que se assuma do que outro que, sob a capa de uma pretensa neutralidade, vá ensaiando exercícios encapotados de um «jornalismo de causas».
Finalmente, considero um pouco patética a forma como, em Portugal, de tempos a tempos, certos responsáveis vêm negar ingenuamente o que toda a gente sabe. Por exemplo, tentar vender a ideia de que o jornalista José Goulão é um espectador imparcial do conflito israelo-palestinano, que o António José Teixeira não é simpatizante do PS ou que o Luis Delgado não é pró-americano, é um pouco como vender gato por lebre. As coisas são o que são. Sejamos, por isso, honestos. Até porque, parafraseando Iago em Otelo, “But men are men, the best sometimes forget”.
PS: É verdade: a TSF é a minha estação de rádio favorita.
O Pedro Mexia cometeu o atrevimento de afirmar o óbvio ululante: que a TSF, não sendo formal, militante ou assumidamente de esquerda, é marcada por um informal, intermitente e, provavelmente, não deliberado pendor esquerdista. Até o Winnie The Pooh percebe o que Pedro Mexia quis dizer. Não quis, obviamente, criticar essa postura ou esse descomprometido alinhamento – o qual, é bom que se diga, apesar de notório, não envergonha ninguém.
A questão suscitada por Pedro Mexia, e a forma como Carlos Vaz Marques respondeu, acorda um velho dilema: deverão os jornais, revistas ou rádios assumir, descomplexadamente, o seu posicionamento ideológico, como, aliás, é prática na generalidade dos países ocidentais onde a tradição democrática e a postura crítica e pró-activa da denominada sociedade civil, fazem a diferença (pela positiva)?
Da mesma forma que aceito que me digam que existem medias não facilmente catalogáveis - por regra tendencialmente neutros, porque mais pluralistas nos editorais e no leque de «opinion makers» (o jornal Público, no meu entender, é um desses casos) -, não vislumbro qualquer tipo de problema em se assumir o que, em bom rigor, salta à vista. Considero, até, essa assunção como positiva e reveladora de honestidade. É preferível saber ao que vamos. É mais «perigosa» a existência de uma «paz podre» e de uma tentativa de fazer vender um ideal de neutralidade que, na realidade, não existe. Prefiro um jornal que se assuma do que outro que, sob a capa de uma pretensa neutralidade, vá ensaiando exercícios encapotados de um «jornalismo de causas».
Finalmente, considero um pouco patética a forma como, em Portugal, de tempos a tempos, certos responsáveis vêm negar ingenuamente o que toda a gente sabe. Por exemplo, tentar vender a ideia de que o jornalista José Goulão é um espectador imparcial do conflito israelo-palestinano, que o António José Teixeira não é simpatizante do PS ou que o Luis Delgado não é pró-americano, é um pouco como vender gato por lebre. As coisas são o que são. Sejamos, por isso, honestos. Até porque, parafraseando Iago em Otelo, “But men are men, the best sometimes forget”.
PS: É verdade: a TSF é a minha estação de rádio favorita.
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