Sem ofensa, Daniel, Clara, Joana, etc.
O país e os seus mais frenéticos escrutinadores – de Daniel Oliveira a Clara Ferreira Alves, passando por Joana Amaral Dias e João Galamba – passaram duas semanas das suas mediáticas existências em delírio no recreio do comentário político, dando a conhecer ao povo as intricadas mas, sobretudo, espectaculares elucubrações sobre o carácter e a natureza políticas dos «membros» do novo governo. No fundo, mas desta vez também à superfície, os excelentíssimos comentadores tentaram prever o que para aí vem com base em sensações, palpites, fezadas e suposições a maior parte das vezes embebidas de preconceito e cretinice a pontapé. Em bom rigor, peroraram do vazio sobre o nada. Mas, há que reconhecer: aceite o repto, fizeram-no com, digamos, «paixão».
A taça vai inteirinha para Daniel Oliveira: para ele, este governo está condenado porque a maioria dos «membros» do executivo «não tem experiência governativa e política». No Eixo do Mal, um freirático e circunspecto Daniel, chegou mesmo a gritar, irritado com Rui Ramos (que de forma descontraída e divertida lá ai desmascarando a vacuidade argumentativa do parceiro de debate), que só com muitos anos (!), décadas até (!), se adquire «experiência política», condição sine qua non para o exercício de cargos executivos de natureza política. Isto, caros leitores, saiu da boca de alguém com 42 anos, de quem não se conhece percurso político «executivo» (para além de cargos no «aparelho»), membro de um partido pejado de contribuições de «jovens políticos».
O pateta e patético chinfrim opinativo a que assistimos, sobre um governo que nem sequer tinha tomado posse e sobre pessoas que nem um decreto ainda tinham assinado, remeteu-me para Nelson Rodrigues:
A sério: tenham calma. Não se tomem, nem nos tomem, por idiotas.
A taça vai inteirinha para Daniel Oliveira: para ele, este governo está condenado porque a maioria dos «membros» do executivo «não tem experiência governativa e política». No Eixo do Mal, um freirático e circunspecto Daniel, chegou mesmo a gritar, irritado com Rui Ramos (que de forma descontraída e divertida lá ai desmascarando a vacuidade argumentativa do parceiro de debate), que só com muitos anos (!), décadas até (!), se adquire «experiência política», condição sine qua non para o exercício de cargos executivos de natureza política. Isto, caros leitores, saiu da boca de alguém com 42 anos, de quem não se conhece percurso político «executivo» (para além de cargos no «aparelho»), membro de um partido pejado de contribuições de «jovens políticos».
O pateta e patético chinfrim opinativo a que assistimos, sobre um governo que nem sequer tinha tomado posse e sobre pessoas que nem um decreto ainda tinham assinado, remeteu-me para Nelson Rodrigues:
“E, de repente, tudo muda. Os idiotas perderam a modéstia, a humildade de vários milénios. Eles estão por toda a parte. São os que mais berram. (…) Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.”
A sério: tenham calma. Não se tomem, nem nos tomem, por idiotas.
2 Comentários:
Daniel Oliveira!!!!
Que faria este indivíduo se não fosse filho de quem é? No máximo seria o Sr. Oliveira, gasolineiro da Galp....
Luís Bonifácio,
Devia ser sociólogo (com estatuto de investigador claro está) ou coisa assim...
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