The future is so bright, I gotta wear shades
As reacções (saloias) à decisão da Moody’s de baixar o rating da República Portuguesa para o nível «lixo», dizem quase tudo sobre a Europa que temos. E o quase não tardou: a ideia de criar uma agência de notação financeira europeia. Para contrariar as «amaricanas».
Os mais velhos costumavam ensinar aos mais novos uma regra básica: «ninguém é bom juiz em causa própria». Agora, outros interesses (superiores) se levantam. O bom senso só atrapalha. Perante a «ameaça americana» (novamente os EUA no papel de Satã), a iniciativa de criar uma agência «nossa», que ateste a espectacularidade da Europa, só pode dar certo. Soa, desde logo, a credibilidade. Reflecte, logo a seguir, imparcialidade. E termina, em grande estilo, apostada em provar que «números são números»: há sempre formas diferentes de os observar. Um país estupidamente endividado? Que nada: é o efeito «alavancagem» em curso. Um défice excessivo? Que importa: as medidas de «correcção» já foram anunciadas e toda a gente sabe, ou devia saber (à excepção dos pérfidos americanos), que qualquer «anúncio» encerra em si mesmo a eficácia e o sucesso do seu objecto. A crise dos países periféricos? Está tudo sob controlo: dentro em breve vão passar a produzir muito (na agricultura, nas pescas e na industria) e a exportar à maluca, porque já se «anunciou» que assim vai ser. A falta de coesão entre os 27? Meu Deus: desde quando a «diversidade» não é uma coisa boa, a promover?
Se a Europa (ainda) não morreu, anda em definitivo a tratar do assunto.
Os mais velhos costumavam ensinar aos mais novos uma regra básica: «ninguém é bom juiz em causa própria». Agora, outros interesses (superiores) se levantam. O bom senso só atrapalha. Perante a «ameaça americana» (novamente os EUA no papel de Satã), a iniciativa de criar uma agência «nossa», que ateste a espectacularidade da Europa, só pode dar certo. Soa, desde logo, a credibilidade. Reflecte, logo a seguir, imparcialidade. E termina, em grande estilo, apostada em provar que «números são números»: há sempre formas diferentes de os observar. Um país estupidamente endividado? Que nada: é o efeito «alavancagem» em curso. Um défice excessivo? Que importa: as medidas de «correcção» já foram anunciadas e toda a gente sabe, ou devia saber (à excepção dos pérfidos americanos), que qualquer «anúncio» encerra em si mesmo a eficácia e o sucesso do seu objecto. A crise dos países periféricos? Está tudo sob controlo: dentro em breve vão passar a produzir muito (na agricultura, nas pescas e na industria) e a exportar à maluca, porque já se «anunciou» que assim vai ser. A falta de coesão entre os 27? Meu Deus: desde quando a «diversidade» não é uma coisa boa, a promover?
Se a Europa (ainda) não morreu, anda em definitivo a tratar do assunto.
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