Sem emenda
A par do embevecimento de que fui acometido perante o prosélito e abrantino fervor pró-socratiano do jovem socialista Rui Estevão Alexandre, que coloca citações do Sr. Eng. sem mais delongas ou considerações (as palavras são de um absolutismo inatacável), a entrevista de segunda-feira do senhor primeiro-ministro de Portugal conduziu ao rubro a actividade dos meus neurotransmissores nas respectivas fendas sinápticas (nada de segundas interpretações, por favor), na procura de respostas a uma série de perguntas que não me saem da cabeça há mais de quarenta e oito horas: por que carga de água andamos a entrevistar uma pessoa que está visivelmente perturbada? Que forças sobrenaturais arranjaram os senhores entrevistadores para conter o ataque de riso que a história da carochinha contada pelo primeiro-ministro de Portugal induz em qualquer mente minimamente desperta? Como foi possível termos voltado a eleger este primeiro-ministro? Qual o futuro de Portugal nas mãos desta gente? Que níveis de insanidade argumentativa pode o fantasioso mundo do senhor primeiro-ministro ainda alcançar?
Desde a minha infância que ouvia o meu pai falar na «cassete do Partido Comunista». Com o tempo, travei conhecimento com a famosa «cassete do Partido Comunista». Meu Deus, o que foi a «cassete do Partido Comunista» quando comparada com a cassete do actual primeiro-ministro de Portugal? Nada. Se a «cassete do PC» era obtusa e rígida, a cassete do senhor primeiro-ministro de Portugal é uma bomba atómica contra a inteligência. Os tempos são históricos não só por causa da crise: estamos a assistir, a cada intervenção do senhor primeiro-ministro de Portugal, ao discurso mais insidioso, manhoso e estupidificante da democracia portuguesa. A história que o senhor primeiro-ministro nos está a contar é pura fantasia. É uma lenga-lenga nuclear saturada de uma imaginação pueril com uma radioactividade anestesiante. Contada com o ar mais sério e sofrido do mundo. O senhor primeiro-ministro quer-nos levar a viver num mundo que não existe, repleto de vilões e de apenas um homem bom e corajoso: ele.
A coisa pode e deve ser colocada nos seguintes termos: se Portugal não se livrar desta personagem no dia 5 de Junho, não terá emenda.
Desde a minha infância que ouvia o meu pai falar na «cassete do Partido Comunista». Com o tempo, travei conhecimento com a famosa «cassete do Partido Comunista». Meu Deus, o que foi a «cassete do Partido Comunista» quando comparada com a cassete do actual primeiro-ministro de Portugal? Nada. Se a «cassete do PC» era obtusa e rígida, a cassete do senhor primeiro-ministro de Portugal é uma bomba atómica contra a inteligência. Os tempos são históricos não só por causa da crise: estamos a assistir, a cada intervenção do senhor primeiro-ministro de Portugal, ao discurso mais insidioso, manhoso e estupidificante da democracia portuguesa. A história que o senhor primeiro-ministro nos está a contar é pura fantasia. É uma lenga-lenga nuclear saturada de uma imaginação pueril com uma radioactividade anestesiante. Contada com o ar mais sério e sofrido do mundo. O senhor primeiro-ministro quer-nos levar a viver num mundo que não existe, repleto de vilões e de apenas um homem bom e corajoso: ele.
A coisa pode e deve ser colocada nos seguintes termos: se Portugal não se livrar desta personagem no dia 5 de Junho, não terá emenda.
1 Comentários:
Vivemos tempos de vergonha!
Não sei como daqui a 10 anos vou explicar ao meu filho (agora com com 4 anos) estes tempos que vivemos!!!!!
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