Rádio Televisão Propaganda
É absolutamente obscena a forma como a RTP se presta a servicinhos de «humanização» de gente a contas com a justiça. A entrevista de Judite Sousa a Armando Vara, seguida do comentário do pró-socrático João Marcelino (começa também a ser obsceno o desvio míope do director do Diário de Notícias, sempre para o mesmo lado), é mais um sinal do quão enferma se encontra a televisão pública em Portugal. Para além de financeiramente mal gerida, a RTP anda há décadas à deriva: sem tino ou vocação, o único serviço que se lhe reconhece é o serviço prestado à «situação».
O episódio Dias Loureiro parece não ter sido procedente. Nenhuma das cabecinhas que chefiam ou dirigem a informação na RTP percebeu que há circos que não só fedem como lançam a confusão (provavelmente serão pagos para assobiar para o lado). Entrevistar um arguido daquela forma não é só imprudente: é um exercício absolutamente inconsequente e forçosamente estúpido. Viu-se, aliás, como Armando Vara se escudou no estatuto de arguido ou na figura do segredo de justiça (estatuto e figura invocadas conforme as conveniências) para não responder ao que lhe era incómodo, à medida que ia tecendo, ao seu ritmo e com particular gozo, as vestes de «vitima» de um «sistema» que serve «outros interesses» que não os conducentes à Verdade.
A RTP é, hoje em dia, no que respeita à informação, um lugar pouco recomendável. Ou melhor: bastante recomendável para quem queira observar ou estudar a influência e a omnipresença do poder executivo sobre um meio de comunicação social que tutela. Nada é deixado ao acaso. Nunca se viu tanto enviesamento e manipulação.
O episódio Dias Loureiro parece não ter sido procedente. Nenhuma das cabecinhas que chefiam ou dirigem a informação na RTP percebeu que há circos que não só fedem como lançam a confusão (provavelmente serão pagos para assobiar para o lado). Entrevistar um arguido daquela forma não é só imprudente: é um exercício absolutamente inconsequente e forçosamente estúpido. Viu-se, aliás, como Armando Vara se escudou no estatuto de arguido ou na figura do segredo de justiça (estatuto e figura invocadas conforme as conveniências) para não responder ao que lhe era incómodo, à medida que ia tecendo, ao seu ritmo e com particular gozo, as vestes de «vitima» de um «sistema» que serve «outros interesses» que não os conducentes à Verdade.
A RTP é, hoje em dia, no que respeita à informação, um lugar pouco recomendável. Ou melhor: bastante recomendável para quem queira observar ou estudar a influência e a omnipresença do poder executivo sobre um meio de comunicação social que tutela. Nada é deixado ao acaso. Nunca se viu tanto enviesamento e manipulação.
1 Comentários:
Podes ficar-te com a informação das privadas, que essa, de certezinha, não é influenciada pelo poder político.
São totalmente dependentes da publicidade que recebem das grandes empresas dependentes do... Estado.
Logo portanto, mais vale ter uma informação dependente da publicidade das empresas dependentes do Estado que ter uma informação dependente do Estado.
Enviesamento e manipulação? Na TVI? Na SIC? Na TSF? No Correio da Manhã? Não! Só na RTP.
Cuidado com as modas!
Amigo: atenção que a distracção às vezes prejudica a clareza de raciocínio.
Paulo Nobre
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