Nada do outro mundo
Recebi um friendly mail onde se lia “os KOC não são nada do outro mundo”. É isso mesmo. É isso que eu amo nos Kings Of Convenience: não são nada do outro mundo. A música dos Kings não é feita para ser seminal, revolucionária, vanguardista, hype. Não há propósitos de rasgar, gritar, protestar ou fundar o que quer que seja. O Erlend e o Eirik são apenas dois rapazes noruegueses, thirty something, que decidiram um dia dedicar-se à composição de músicas simples, melodicamente harmoniosas* melodiosas, para não dizer sublimes (uma espécie de Simon & Garfunkel meets Bossa Nova caso esta tivesse sido inventada na Europa), em ambiente super cool, sobre o mundo dos afectos, da amizade, da saudade e da melancolia de rapazes e raparigas iguais a eles.
Ao fim de oito anos e três discos, os Kings não desistiram de nada. Melhor ainda, não evoluíram: não se desviaram um milímetro do tom, do estilo e do ambiente a que nos habituaram desde Quiet Is The New Loud. Não se voltaram para as «raízes», não abraçaram qualquer nova tecnologia, não estabeleceram parcerias com gurus, não convidaram alguém famoso para abrilhantar esta ou aquela canção, não são capa de «revistas do coração» ou da «especialidade». O que eles querem mesmo é continuar a fazer músicas graciosas e bonitas (e digo-o correndo o risco inerente à utilização do adjectivo parolo e sentimentalão) em busca do riff perfeito e da mais cool das entoações. Mais nada. I’ll drink to that.
* fui violentamente admoestado pela expressão pelo que, acabrunhado, refiro apenas «melodiosas» na esperança de que assim passe.
Ao fim de oito anos e três discos, os Kings não desistiram de nada. Melhor ainda, não evoluíram: não se desviaram um milímetro do tom, do estilo e do ambiente a que nos habituaram desde Quiet Is The New Loud. Não se voltaram para as «raízes», não abraçaram qualquer nova tecnologia, não estabeleceram parcerias com gurus, não convidaram alguém famoso para abrilhantar esta ou aquela canção, não são capa de «revistas do coração» ou da «especialidade». O que eles querem mesmo é continuar a fazer músicas graciosas e bonitas (e digo-o correndo o risco inerente à utilização do adjectivo parolo e sentimentalão) em busca do riff perfeito e da mais cool das entoações. Mais nada. I’ll drink to that.
* fui violentamente admoestado pela expressão pelo que, acabrunhado, refiro apenas «melodiosas» na esperança de que assim passe.
1 Comentários:
Muito bem. Convém, no entanto, que se diga que a música produzida por estes rapazes, seja melódica seja harmonicamente é muito fraquita. Não era o caso do duo Simon & Gurfunkel.
Eu, por exemplo e justamente enquanto escrevo, estou a ouvir os Cardinal e aqui sim temos labor melódico digno de nota.
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