Pois é
Convém que se diga uma coisa sobre o futuro próximo dos EUA. Qualquer que fosse o vencedor destas eleições, mas mais ainda no caso de Barack Obama, é muito provável que assistamos ao regresso do isolacionismo americano, actualizado aos dias de hoje. Os tempos não estão para brincadeiras. Obama sabe-o. Aliás, Obama disse-o velada ou descaradamente durante a campanha: esta casa tem de ser arrumada. Não será pois de admirar, sendo Obama, ainda para mais, um céptico dos espontâneos e salvíficos efeitos autoreguladores da interacção livre entre indivíduos em plena economia de mercado (Adam Smith, estão a ver?), que se assista à implementação de medidas proteccionistas (que serão vendidas sob a capa de medidas «reguladoras» com o beneplácito do Sr. Soros) e à adopção de políticas externas que tendam para uma neutralidade «conveniente». Boas notícias, portanto, para os que sempre acharam um «abuso» a atitude policial dos EUA na cena mundial, tanto mais que, segundo a doutrina, eles só actuavam por «interesse». Terá chegado, provavelmente, a vez da velha Europa assumir os comandos no que respeita, por exemplo, a operações militares de contenção de comportamentos assassinos de regimes ou contra-regimes liderados por carniceiros e fundamentalistas da pior cepa. Estamos a falar de dinheiro, vidas, suor e lágrimas. É um trabalho sujo que alguém terá que fazer. Ou talvez não. No fundo, há quem pense agora que com Barack Obama o amor e a benevolência invadirão dentro em breve os corações dessa potencial boa gente. Barack Obama sabe que não. Mas para já, é assunto que não lhe interessará muito. Existem unfinished internal businesses por atender.
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