Correio dos leitores (ainda há leitores?!)
De Rosa Maria:
Em primeiro lugar, os agradecimentos: muito obrigado pelo seu comentário, que me levou a abandonar a mândria. Em segundo lugar, vamos por partes:
1. As declarações do Hamas, que se seguiram ao assassínio de civis inocentes por parte de terroristas da Jihad Islâmica, são uma lição. Sobretudo para os mais distraídos. Há, depois, aqueles que nunca aprenderão o que quer que seja, e que teimam em manifestar-se de duas formas: recorrendo à pusilanimidade ou munindo-se da já costumeira retórica das «causas do terrorismo» (compreensiva face à «loucura» dos pobres e oprimidos). Sim: é um facto que as condições de vida dos palestinianos e da generalidade dos povos da região, tem servido de catalizador ao incitamento do ódio muçulmano face aos judeus (e à respectiva casa, Israel). Mas é também verdade que essa espécie de «ódio doutrinal» - instigado por jornais, televisões, professores, líderes de opinião, políticos ou espirituais – é um utilíssimo instrumento de anestesia a ter sempre à mão por aqueles que usurpam há décadas a riqueza dos respectivos países ou os milhões de dólares das ajudas internacionais. Mais: basta um passeio pelas avenidas dos princípios fundadores do Hamas (agora que são governo, há quem ridícula e estupidamente os tente credibilizar, tapando-lhes as munições com as fatiotas dos «moderados») ou do Hezbollah, para perceber a natureza e os propósitos destes grupos. Todos são bem claros em explicar as condições que os levariam a abandonar a luta armada: a pulverização do estado de Israel. Condição sine qua non e, claro, sine die. Não se apela à melhoria das condições de vida - melhores escolas, melhores hospitais, mais emprego, etc. – nem sequer ao regresso dos israelitas às fronteiras de mil novecentos e trocópasso. Essas são matérias para ocidentais consumirem. O resto, minha cara Rosa Maria, é palavrório.
2. Começo, finalmente, a controlar o absentista que há dentro de mim. Mas estou solidário com a solidariedade que esta endógena criatura demonstrou relativamente aos parlamentares faltosos. Eu sei que é desporto de há séculos bater nos deputados da nação. Mas saudava-se, de quando em vez, o abandono da hipocrisia e a adopção do devido pudor. Que atire a pedra quem...
“De lacraus, é do que estamos a falar. E a natureza do lacrau é esta: destruir. Sempre. Seja qual for a via por que chegue ao poder, a sanha do lacrau vai estar lá sempre. Mas a verdade é que a culpa é tanto "deles" como de quem lhes dá crédito (em abstracto ou em concreto, no caso do dinheirinho, supostamente para ajudar o povo mas na realidade a classe dirigente). Repare: no dia seguinte à "legítima defesa" em Telavive, uma TV qualquer passou (pelo menos à hora do almoço) uma reportagem feita no bairro do "jovem kamikaze" palestiniano. Sentido da reportagem: a tropa israelita estava a destruir o habitat da família do "jovem" e o tom da jornalista não podia ser de maior empatia para com aquela "pobre gente". Entretanto, o pai do jovem arrepelava-se: estava sem condições para receber todas as felicitações que os amigos e vizinhos lhe endereçavam pelo "acto heróico" do filho... Enquanto a Comunicação Social for como é, eles não vão deixar de ser como são. A verdade é essa.
Uma nota adicional: poderia fazer o favor de ser mais assíduo nos seus posts, ou está a ficar contagiado pelos deputados da Nação? Tem andado cá um absentista!
Cumprimentos,
RMR
Em primeiro lugar, os agradecimentos: muito obrigado pelo seu comentário, que me levou a abandonar a mândria. Em segundo lugar, vamos por partes:
1. As declarações do Hamas, que se seguiram ao assassínio de civis inocentes por parte de terroristas da Jihad Islâmica, são uma lição. Sobretudo para os mais distraídos. Há, depois, aqueles que nunca aprenderão o que quer que seja, e que teimam em manifestar-se de duas formas: recorrendo à pusilanimidade ou munindo-se da já costumeira retórica das «causas do terrorismo» (compreensiva face à «loucura» dos pobres e oprimidos). Sim: é um facto que as condições de vida dos palestinianos e da generalidade dos povos da região, tem servido de catalizador ao incitamento do ódio muçulmano face aos judeus (e à respectiva casa, Israel). Mas é também verdade que essa espécie de «ódio doutrinal» - instigado por jornais, televisões, professores, líderes de opinião, políticos ou espirituais – é um utilíssimo instrumento de anestesia a ter sempre à mão por aqueles que usurpam há décadas a riqueza dos respectivos países ou os milhões de dólares das ajudas internacionais. Mais: basta um passeio pelas avenidas dos princípios fundadores do Hamas (agora que são governo, há quem ridícula e estupidamente os tente credibilizar, tapando-lhes as munições com as fatiotas dos «moderados») ou do Hezbollah, para perceber a natureza e os propósitos destes grupos. Todos são bem claros em explicar as condições que os levariam a abandonar a luta armada: a pulverização do estado de Israel. Condição sine qua non e, claro, sine die. Não se apela à melhoria das condições de vida - melhores escolas, melhores hospitais, mais emprego, etc. – nem sequer ao regresso dos israelitas às fronteiras de mil novecentos e trocópasso. Essas são matérias para ocidentais consumirem. O resto, minha cara Rosa Maria, é palavrório.
2. Começo, finalmente, a controlar o absentista que há dentro de mim. Mas estou solidário com a solidariedade que esta endógena criatura demonstrou relativamente aos parlamentares faltosos. Eu sei que é desporto de há séculos bater nos deputados da nação. Mas saudava-se, de quando em vez, o abandono da hipocrisia e a adopção do devido pudor. Que atire a pedra quem...
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