FILOSOFIA POLÍTICA NA FEIRA DE S. JOÃO
Évora, 21 de Março, 22:30, recinto da Feira de S. João. Alguém teve a ideia de pagar uma rodada de cerveja. Ninguém pediu, mas alguém o fez. A seguir, foi a vez do meu amigo L. pagar a “sua” rodada. Quando toda a gente esperava que eu pagasse a minha… pisguei-me. Zarpei. Pus-me a milhas. Os que não me conhecem, poderão pensar que: a) o exercício de evasão foi a típica atitude do típico «chico-esperto»: beber à bórliu para, no momento crítico (leia-se “da reciprocidade”), escorregar dali para fora; ou b) eu sou um incorrigível resmelengo, somítico, ‘come-em-vão’. Nada disso. Comigo a coisa é sempre mais complexa. Como diz a minha filha: eu complico sempre tudo. Foram várias as razões: 1.ª) há quem não goste de iogurtes; eu não gosto de feiras; 2.ª) estava cheio sono; 3.ª) se eu não pedi rodada alguma, por que carga de água (neste caso “de cerveja”) haveria de pagar a “minha”?!; e 4.ª) (associada à 3.ª), eu funciono sempre pela lógica da psicologia invertida: "aí é assim? Então tomem lá assado".
Certo, certo é que, passados alguns minutos, já em casa, recebo, via sms (a nova praga), a seguinte mensagem da R.: “Bebes e depois não pagas? Bonito!”
Pois. A velha e boa discussão do «consentimento tácito». O Sr. Hart e o Sr. Rawls contra o Sr. Nozick. As “political obligations”, os “natural rights”, o “principal of fairness”. Descansem que já lá irei.
(só por isto já valeu a pena não pagar a rodada. Agora, deixem-me jantar. E descansar.)
Évora, 21 de Março, 22:30, recinto da Feira de S. João. Alguém teve a ideia de pagar uma rodada de cerveja. Ninguém pediu, mas alguém o fez. A seguir, foi a vez do meu amigo L. pagar a “sua” rodada. Quando toda a gente esperava que eu pagasse a minha… pisguei-me. Zarpei. Pus-me a milhas. Os que não me conhecem, poderão pensar que: a) o exercício de evasão foi a típica atitude do típico «chico-esperto»: beber à bórliu para, no momento crítico (leia-se “da reciprocidade”), escorregar dali para fora; ou b) eu sou um incorrigível resmelengo, somítico, ‘come-em-vão’. Nada disso. Comigo a coisa é sempre mais complexa. Como diz a minha filha: eu complico sempre tudo. Foram várias as razões: 1.ª) há quem não goste de iogurtes; eu não gosto de feiras; 2.ª) estava cheio sono; 3.ª) se eu não pedi rodada alguma, por que carga de água (neste caso “de cerveja”) haveria de pagar a “minha”?!; e 4.ª) (associada à 3.ª), eu funciono sempre pela lógica da psicologia invertida: "aí é assim? Então tomem lá assado".
Certo, certo é que, passados alguns minutos, já em casa, recebo, via sms (a nova praga), a seguinte mensagem da R.: “Bebes e depois não pagas? Bonito!”
Pois. A velha e boa discussão do «consentimento tácito». O Sr. Hart e o Sr. Rawls contra o Sr. Nozick. As “political obligations”, os “natural rights”, o “principal of fairness”. Descansem que já lá irei.
(só por isto já valeu a pena não pagar a rodada. Agora, deixem-me jantar. E descansar.)
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial