O Dr. Alfredo Barroso não é apenas, de vez em quando, um demagogo convicto
Às vezes, é apenas rasca. Exemplo: o Dr. Alfredo Barroso, envergando o seu habitual olhar de lanceta, cortante e agudo, com que fareja as manhas secretas dos outros, afirmou ontem, na SICN, que a direita não tem respeito pelo descanso dos trabalhadores e que, se o pudesse fazer, acabaria com as férias. Isto não merece, obviamente, qualquer comentário. É demasiado rasteiro. Mas convinha lembrar ao Dr. Alfredo Barroso o que esteve em causa, ontem: uma «tolerância de ponto». Não foi um feriado ou um dia de férias. Numa altura, repare-se, em que Portugal está à beira da bancarrota por, entre outras causas, apresentar há anos dos piores índices de produtividade da zona euro. Arrisquemos uma alegoria que talvez penetre o erudito cérebro do Dr. Alfredo Barroso. Um estudante, a dois dias de um exame de inglês técnico, e após sucessivos chumbos, telefona aflitíssimo a um explicador da disciplina. O explicador, perante o desassossego e a angústia do estudante, diz-lhe “ok, eu desmarco os compromissos de amanhã para o receber”. Perante isto, o estudante responde “sou capaz de só aparecer à tarde porque hoje à noite é aquela noite do mês em que vou para os copos com os amigos”.
É mais ou menos isto, Dr. Alfredo Barroso.
É mais ou menos isto, Dr. Alfredo Barroso.
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