Reis
Com o meu amor, fui ao concerto dos Kings Of Convenience, na Cidadela de Cascais (festival Cool Jazz). Independentemente do que para aí escrevam os idiotas da objectividade, os especialistas encartados ou os intelectuais da linha (no duplo sentido da palavra), foi um concerto memorável. A simplicidade faz, por vezes, a diferença. Canções novas (muitas) entremeadas com as antigas em ambiente descontraído e cool, repleto de momentos deliciosos e regados por uma boa disposição a toda prova. No final, Eirik arriscou uma versão do Corcovado, num brasileiro minimamente competente. Erlend (the boy with the funny glasses) aproveitou a melodia para dissertar sobre a estadia de ambos em Portugal, recorrendo a uma letra no mínimo hilariante. Os solos do trompete vocal de Erlend (um mestre do improviso burlesco-desengonçado) ficaram na memória. A dança também. Tudo por culpa de uma guitarra levada a um extremo que a emudeceu. Como Eirik explicou, “we call ourselves Kings of Convenience because we find it convenient no to bring a spare guitar”. Por sinal, os riffs e os rendilhados delicodoces da guitarra de Erlend são de um bom gosto irrepreensível. Eu e o meu amor adorámos. Aguardamos (não muito) serenamente pelo novo disco. Rápido, ok?
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