tag:blogger.com,1999:blog-5183765.post7916582297576348120..comments2023-10-08T16:31:39.248+01:00Comments on O MacGuffin: O PedroMacGuffinhttp://www.blogger.com/profile/16324083186397855998noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-5183765.post-36773508800720039582009-09-25T15:47:02.439+01:002009-09-25T15:47:02.439+01:00"António Borges não tem uma opinião isenta.&q..."António Borges não tem uma opinião isenta."<br /><br />Claro que não. Ninguém tem.<br /><br />"não percebi muito bem porque é que a economia estagna, ou o que perdem as empresas exportadoras, com o investimento público, não se prevendo qualquer aumento de impostos a curto prazo"<br /><br />A curto prazo, não perdem nem ganham. À medida que o Estado precisar de aumentar receitas (e há já muita gente a dizer que vai ser preciso subir os impostos nos próximos anos) perdem.<br />Não escrevi que o investimento público aumenta os custos da energia. Escrevi que o custo da energia, do crédito, o nível da carga fiscal, etc., são factores com impacto directo na competitividade das empresas exportadoras.<br /><br />O aumento da procura interna é positivo mas tem efeitos um pouco ilusórios porque acabamos todos (é um exagero, claro) a comprar produtos importados cuja entrada não é compensada com exportações. Quanto ao emprego (outro factor positivo a curto prazo), acabará quando acabarem as obras.<br /><br />Não credito cegamente no mercado. Acredito que, no caso de Portugal, o Estado deve ajudar (mas não selectivamente) as empresas exportadoras. E não é com o TGV ou com mais auto-estradas que o fará. Na Alemanha, que é um colosso exportador com taxas de poupança relativamente elevadas, já me pareceria muito mais lógico um plano de incentivo ao consumo.<br /><br />Não tenho hipótese de ler o seu texto agora mas fá-lo-ei mais tarde.jaahttp://escafandro.blogs.sapo.pt/noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5183765.post-43582418338847192009-09-25T11:22:16.365+01:002009-09-25T11:22:16.365+01:00Caro jaa,
António Borges não tem uma opinião isen...Caro jaa,<br /><br />António Borges não tem uma opinião isenta.<br />Faz parte do orgãos dirigentes do PSD, e tem a sua ideologia (quanto a mim, profundamente neo-liberal, embora muitos não gostem do termo), que condiciona naturalmente a sua opinião.<br /><br />O primeiro erro de algumas destas análises é justamente olhar para a economia como se de matemática se tratasse.<br />Muitos economistas, normalmente administradores de grandes empresas ou da banca, com interesses profissionais e pessoais bem vincados, falam na televisão e escrevem nos jornais como se a sua verdade fosse absoluta. <br />Acontece que a economia não é uma ciência exacta. <br />E aproveito para aconselhar a leitura de um texto que escrevi em contexto académica, acerca desse tema:<br /><br />http://fumo-sem-fogo.blogspot.com/2007/07/ensaio-epistemologia-da-economia-por-lf.html<br /><br /><br /><br />Neste caso particular, não percebi muito bem porque é que a economia estagna, ou o que perdem as empresas exportadoras, com o investimento público, não se prevendo qualquer aumento de impostos a curto prazo.<br />Não percebo também em que é que o investimento público contribui para aumentar os tais custos de energia, de crédito etc<br /><br />Além de que omite o emprego directo proporcionado por essas grandes obras, quer nas tais empresas "protegidas", quer em todas as que circundarão em seu redor.<br /><br />Não podemos também esquecer que, aumentando o emprego, e consequentemente os salários, aumenta a procura interna, aumentando a procura interna a economia cresce, crescendo a economia, o bolo fiscal cresce também - mesmo sem mexer nas taxas - e isso terá também algum impacto nas contas públicas e no problema do endividamento.<br />Não havendo riscos inflacionistas a curto prazo, penso que o caminho para sair da crise passa em larga medida por aí.<br /><br />Mas no fundo tudo isto é uma questão ideológica:<br />-Os que continuam a acreditar cegamente no mercado e a diabolizar o estado<br />-Os que privilegiam um caminho mais equilibrado, porventura não tão eficaz em épocas de expansão, mas muito mais seguro em contextos de crise.<br /><br />Eu sigo sem hesitar os segundos. António Borges é um dos expoentes dos primeiros.LFhttps://www.blogger.com/profile/13735782563740524585noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5183765.post-53357347496695237212009-09-25T09:24:21.879+01:002009-09-25T09:24:21.879+01:00Caro LF: permito-me (com um pedido de desculpa ao ...Caro LF: permito-me (com um pedido de desculpa ao MacGuffin pelo descaramento) colocar aqui um link onde tentei reproduzir alguns argumentos de António Borges numa entrevista ao i no Sábado passado:<br />http://escafandro.blogs.sapo.pt/81782.html<br />O investimento seria excelente, apesar do endividamento, se servisse para aumentar as exportações. Com algumas excepções (p. ex., na área da energia), não é o caso.jaahttp://escafandro.blogs.sapo.pt/noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5183765.post-87644236308551797512009-09-24T11:32:47.672+01:002009-09-24T11:32:47.672+01:00Esqueci-me de dizer que com Passos Coelho, se even...Esqueci-me de dizer que com Passos Coelho, se eventualmente chegar a lider, será ainda pior a emenda que o soneto.LFhttps://www.blogger.com/profile/13735782563740524585noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5183765.post-82032103978772593022009-09-24T11:31:21.616+01:002009-09-24T11:31:21.616+01:00O problema de Ferreira Leite não está só nas escut...O problema de Ferreira Leite não está só nas escutas, nem só nas gaffes, mas também nas propostas políticas.<br /><br />O PS tem razão quando diz que ela só fala em rasgar, adiar, não fazer, o que não só não empolga ninguém, como não faz qualquer sentido no contexto actual, em que o combate ao desemprego exige investimento público, com ou sem défice, com ou sem endividamento <br /><br />Trata-se de uma questão de prioridades. É como uma pessoa dever já muito dinheiro ao banco, mas ter os filhos com fome. Se puder pedir mais dinheiro emprestado não o deverá fazer?<br />Que interessa o endividamento numa situação dessas ?<br /><br />Pois as grandes obras são o alimento do combate ao desemprego de milhares de pessoas, são o alimento de milhares de empresas, e o caminho que historicamente ajudou a solucionar crises semelhantes a esta.<br /><br />Num contexto futuro de crescimento (o que depende muito mais do andamento da economia mundial do que do governo português), tratar-se-á então do défice e do endividamento<br /><br />Sócrates foi um péssimo primeiro-ministro em muitos aspectos. Mas as propostas desta senhora metem medo, e vão fazer certamente muito eleitorado do Bloco de Esquerda e do PCP optar pelo voto útil no mal menor, como de resto as últimas sondagens já demonstram.LFhttps://www.blogger.com/profile/13735782563740524585noreply@blogger.com